Franquia Starbucks: conheça a história de sucesso

Cheiro de café, iluminação baixa e o famoso símbolo verde no copo. A franquia Starbucks se tornou sinônimo de rentabilidade para os investidores. Também, é conhecida pela qualidade, bom atendimento e por ser uma das melhores franquias. No entanto, assim como acontece com a maioria dos negócios, o sucesso não veio do dia para a noite. 

Da primeira loja à multinacional no setor de cafeteria, a marca é um exemplo de branding, mesmo apesar de não ter sido aceita de primeira pelos sócios. A seguir, contamos a história de como começou a Starbucks até os dias de hoje.

Continue lendo e veja como a empresa cresceu – marca que, só no primeiro trimestre de 2019, registrou lucro de 2,6 bilhões de reais.

A trajetória da franquia Starbucks

Os sócios Jerry Baldwin, Zev Siegel e Gordon Bowker inauguraram a primeira loja em 1971, em Seattle. De forma resumida, o projeto surgiu porque os três eram apaixonados por cafés e chás.

Para tirar a ideia do papel, eles pediram dinheiro emprestado e nomearam como Starbucks como uma uma referência ao livro Moby Dick.

Primeiramente, o empresário de torrefação Alfred Peet foi quem deu a ideia do negócio. Ele era um imigrante holandês que importava cafés de alta qualidade da Arábia para os Estados Unidos na década de 50.

Mais tarde, em 1966, Peet abriu seu negócio, que se tornou referência na importação de cafés e chás. Assim, diante desse sucesso, os sócios e fundadores da franquia Starbucks iniciaram a empresa em um modelo de venda de grãos e equipamentos. Dessa forma, Peet era o fornecedor do negócio.

Com o crescimento da marca, em 1890 a Starbucks já tinha 4 lojas e se destacava no mercado, pelos grãos utilizados serem frescos e de alta qualidade. No mesmo período, o sócio Siegel buscou negócios em outras áreas e deixou a empresa. Assim, Baldwin se tornou o presidente dela.

Howard Schultz e a franquia Starbucks

Howard Schultz era representante de uma marca sueca que vendia equipamentos para cozinha, a Hammarplast. Essa empresa fornecia cafeteiras para a Starbucks e, ao perceber a quantidade de pedidos que a cafeteria fazia, Schultz decidiu visitar uma das lojas.

Assim, ele se impressionou com o modelo de negócio. Então, escolheu começar a fazer carreira na Starbucks e, em 1982, se tornou chefe de marketing. Nessa época, Howard percebeu que os clientes se sentiam um pouco desconfortáveis quando entravam nas lojas pela primeira vez. Isso acontecia pois muitos deles não entendiam sobre cafés e chás nobres.

Diante disso, ele treinou os funcionários para que fossem amigáveis e didáticos durante o atendimento. Também, desenvolveu folhetos explicativos sobre todos os itens das lojas.

No entanto, Schultz e os sócios da Starbucks começaram a ter desavenças. Isso aconteceu por quê o chefe de marketing viu potencial de expansão de variedade dos cafés e produtos servidos nas lojas.

Porém, os fundadores da marca não queriam desviar do modelo de negócio inicial. Assim, nem mesmo aceitavam que a empresa servisse café expresso e cappuccino: o objetivo era permanecer somente com grãos nobres e equipamentos. Então, Schultz deixou a Starbucks em 1985 e inaugurou a Giornale, que cresceu de maneira rápida.

Em 1987, os proprietários da Starbucks, Baldwin e Bowker, venderam a empresa e Schultz a comprou. Dessa forma, com o poder das decisões, o antigo representante de vendas, que se transformou em empresário, mudou o conceito da Starbucks e expandiu as operações. Assim, a marca passou a comercializar outros cafés, novos tipos de grãos e diversos itens.

O crescimento da franquia Starbucks

Após o novo dono fazer as mudanças, a Starbucks, hoje considerada uma das franquias mais rentáveis, começou a crescer rapidamente e abriu seu capital em 1992. Nessa época, a marca já ficou conhecida como a maior rede de cafeterias do mundo. Com a abertura do capital, ela passou a ter mais de 20 mil lojas em dezenas de países.

A expansão para o modelo de franquia

Na verdade, a Starbucks não é uma franquia. Seu modelo de negócio é chamado de licenciamento. Ao contrário do sistema de franquias, as licenças consistem no investimento para ter o direito de usar a marca e comercializar os produtos. Porém, o franqueado tem mais independência na gestão da empresa.

A Starbucks também vende o direito de o empreendedor ter acesso às receitas e aos sistemas operacionais utilizados nas unidades. Ademais, conta com a venda do do empreendedor visitar uma loja nos Estados Unidos. Além disso, o licenciamento não requer a transferência de know-how.

Para se tornar um licenciado da Starbucks, é feita uma pesquisa de perfil do investidor. Dessa forma, são avaliados os dados pessoais e financeiros, o plano de negócio e documentações específicas.

No Brasil, a primeira unidade da marca foi inaugurada em 2006, no shopping Morumbi (em São Paulo), sendo que esse foi um passo importante para que a empresa se tornasse um grupo globalizado. Atualmente, a Starbucks conta com mais de 30 mil estabelecimentos espalhados pelo mundo.

Os investimentos necessários

Por mais que não exista uma franquia Starbucks e a marca não tenha as responsabilidades de um franqueador, um dos requisitos para o contrato é que os licenciados mantenham o controle e o nível de qualidade. Também, isso vale para o atendimento, o cardápio e a variedade de produtos que são disponibilizados nas lojas.

O valor mínimo para começar o processo do licenciamento da marca fica em torno de R$ 500 mil, sendo que esse capital inicial não inclui os custos associados ao negócio.

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Os diferenciais da franquia Starbucks

A Starbucks não é somente uma cafeteria. Afinal, ela vende uma experiência em um ambiente aconchegante, arejado, com iluminação confortável e conexão com a internet. Assim, os clientes, quando entram em qualquer loja do mundo, esperam por um bom atendimento.

Uma importante prática se mantém por todos esses anos: os folhetos explicativos (hoje são os cardápios) e os funcionários preparados para tirar todas as dúvidas sobre os produtos vendidos — fator esse que é um importante diferencial competitivo.

A franquia Starbucks, que na verdade é um sistema de licenciamento, vende muito mais do que somente café e seus derivados. Ainda, a experiência do consumidor e o conforto nas lojas são a prioridade da marca desde suas primeiras unidades.

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