Ter conhecimento sobre royalties de franquias é fundamental para compreender o funcionamento desse mercado. Isso é importante tanto para o franqueador quanto o franqueado.
Dessa forma, é possível garantir que as operações funcionem e o sucesso de novas unidades seja possível. Assim, facilita o processo de expansão de franquia tanto em qualidade quanto em quantidade.
Para detalhar mais o funcionamento dos royalties de franquias, criamos alguns tópicos sobre o tema. Acompanhe!
O que são royalties de franquias
Eles são uma forma de remuneração paga pela concessão do direito de usar o nome da marca. Esse pagamento é feito de forma periódica, conforme estabelecido no contrato.
Segundo a Lei 8955/98, conhecida como Lei da Franquias, os royalties são pagos pelo uso da marca e pelos serviços do franqueador ao franqueado. Entre eles, estão o suporte, apoio técnico/operacional, entre outros fatores importantes para uma franquia de sucesso.
Por que os royalties são cobrados?
Os royalties têm como objetivo principal sustentar o modelo de negócios da franquia, permitindo que o franqueador mantenha o suporte necessário para os franqueados. Esse suporte pode incluir:
- Atualização de treinamentos;
- Desenvolvimento de novos produtos ou serviços;
- Marketing institucional;
- Pesquisa de mercado;
- Consultoria e apoio operacional.
Além disso, os royalties ajudam a assegurar que o franqueador continue investindo na expansão e na melhoria da marca, o que beneficia diretamente todos os franqueados.
Importância do contrato
Ainda sobre a Lei das Franquias, é preciso lembrar que cobrar royalties não é obrigatório. Também, a lei não informa sobre como cobrar.
O único fator obrigatório é o COF (Circular de Oferta de Franquia), que deve ter informações claras sobre valores e taxas a serem pagas pelo franqueado. Além disso, deve incluir a base do cálculo e a finalidade do pagamento.
O contrato de franquia dispõe sobre as obrigações do franqueado, inclusive quanto ao cumprimento dos padrões de qualidade e os royalties de franquia. Dentro do contrato, existem as cláusulas pétreas, que não é possível alterar e outras que podem ser alteradas com aditivo contratual.
Os royalties de franquia estão nas cláusulas pétreas, até mesmo para não ser mudada muitas vezes. Dessa forma, fica mais fácil cumprir a o que a lei dispõe.
Entretanto, como há redes com mais de um modelo de franquia, a forma de cobrança dos royalties pode variar. Assim, tem como base os custos operacionais de cada modelo.
Como calcular royalties de franquias
Antes de falar sobre as várias formas de calcular e cobrar royalties de franquias, é importante mencionar que cabe ao interessado em franquear solicitar informações detalhadas. Por exemplo, sobre projeções de retorno, lucratividade e como adaptar o negócio à realidade local. Afinal, as variáveis regionais podem impactar na rentabilidade do negócio.
Contar com ajuda de uma consultoria especializada em franquias para analisar a viabilidade do investimento é sempre recomendado. Isso porque a rentabilidade será fundamental para garantir o pagamento dos royalties de forma a não pesar no orçamento da unidade.
Quando os royalties estão de acordo com a rentabilidade gerada, fica mais visível o custo-benefício do investimento. Assim, é possível saber se vale a pena investir e aproveitar os benefícios de utilizar uma marca já conhecida no mercado e ter todo o suporte da rede para isso.
Sobre as formas de calcular os royalties de franquias, existem algumas opções. Por isso, listamos as melhores. Conheça quais são elas:
Valor Fixo
Como o nome deixa claro, o valor fixo é aquele que não muda, sendo igual em todos os meses, sem depender dos resultados do franqueado.
As vantagens desse modelo é obter uma despesa fixa, o que torna mais fácil a gestão de contas, ainda mais quando houver expansão nos negócios, já que o valor pago continuará mesmo. Quando o faturamento estiver baixo, pode não ser tão vantajoso, pois a permanência do valor pode ter um impacto maior em períodos de poucas vendas.
Percentual sobre Faturamento
Nessa modalidade, a taxa é cobrada sobre o faturamento bruto da unidade. O que traz uma variação mensal, conforme o desempenho obtido pelo franqueado.
Caso a taxa acordada seja de 2,5%, em um faturamento bruto de 100 mil reais, o valor ficará em 2,5 mil reais. Se no mês seguinte cair para 80 mil reais, o valor ficará em 2 mil reais e assim por diante.
Logo, quanto menor for o faturamento, menos se paga de royalties e vice-versa. Nesse caso, não há um custo fixo como na modalidade anterior. Aqui, ressalta-se a importância do estudo de viabilidade financeira, porque uma análise bem-feita demonstra que, mesmo em meses em que o valor dos royalties a serem pagos é maior, a rentabilidade do negócio não será prejudicada.
Na relação entre franqueado e franqueador, esse é um modelo interessante. Principalmente porque permite um crescimento conjunto, de forma que o sucesso de um representa o sucesso do outro.
Cabe mencionar também que é possível cobrar os royalties não fixos de outras formas que não sejam sobre o faturamento bruto como sobre compras feitas, vendas ou receita líquida.
Ausência de Royalties
Sim, existem franquias que não cobram royalties e se baseiam em outras formas de remuneração. Normalmente, essa remuneração está embutida em algum item essencial para o negócio. Dessa forma, a aquisição dele garante o lucro necessário para a franqueadora, e assim dispensa a cobrança dos “royalties tradicionais”.
A embalagem dos produtos é um bom exemplo disso. Nesse caso, a franqueadora pode atuar tanto como distribuidora quanto como fabricante desses insumos. É recomendado ter o mesmo cuidado que se tem com as cobranças de royalties citadas anteriormente. Por mais que esse modelo seja bastante atraente.
O estudo do modelo do negócio e da estruturação da franquia é essencial. Ainda mais nesse modelo no qual é necessário dispor mensalmente de um bom capital de giro para fazer a compra dos itens fundamentais para garantir as operações.
Quanto à franqueadora, mesmo que não haja cobrança de royalties, ela não deve eliminar o suporte ao franqueado. Pois, o suporte é fundamental para o sucesso da rede como um todo.
Sobra a taxa zero, algumas redes isentam o franqueado de cobrança de royalties no período inicial. Assim, ele pode se estabelecer e passar a fazer a cobrança após a estabilização do negócio.
Qual é o impacto dos royalties de franquias para o franqueado?
Para o franqueado, os royalties representam uma despesa operacional contínua que precisa ser levada em consideração na análise de viabilidade do negócio. Embora possam ser percebidos inicialmente como um custo elevado, os royalties devem ser entendidos como um investimento na manutenção do suporte e no fortalecimento da marca.
Por exemplo, o pagamento de royalties garante ao franqueado acesso a atualizações no modelo de negócio, suporte técnico e estratégias de marketing que ajudam a unidade a se manter competitiva no mercado. Além disso, o uso de uma marca consolidada geralmente atrai mais clientes do que um negócio independente, o que pode compensar o valor pago em royalties.
No entanto, é fundamental que o franqueado faça uma gestão financeira rigorosa para garantir que os royalties não comprometam a lucratividade do negócio. Isso inclui a análise detalhada do contrato e a busca por informações sobre o retorno obtido por outros franqueados da mesma rede.
O ponto de vista do franqueador
Para o franqueador, os royalties são essenciais para manter o funcionamento e a expansão da rede de franquias. Esses recursos permitem o investimento contínuo em inovação, na qualidade do suporte oferecido aos franqueados e na construção da imagem da marca no mercado.
No entanto, é importante que o franqueador defina uma política de royalties que seja justa e alinhada com o mercado. Taxas excessivamente altas podem desestimular potenciais franqueados, enquanto valores baixos podem comprometer a capacidade do franqueador de oferecer o suporte adequado.
Além disso, é fundamental que o franqueador seja transparente sobre o uso dos recursos obtidos com os royalties. Quando os franqueados percebem que o valor pago está sendo revertido em benefícios reais, a relação entre as partes tende a ser mais saudável e produtiva.
Como evitar conflitos relacionados aos royalties
A cobrança de royalties pode ser um ponto sensível na relação entre franqueador e franqueado, especialmente quando há dúvidas sobre a aplicação dos recursos ou a percepção de que o suporte fornecido não está à altura do valor pago. Para evitar conflitos, algumas práticas podem ser adotadas:
- Clareza contratual: É essencial que o contrato de franquia detalhe de forma clara os critérios de cálculo dos royalties, os prazos de pagamento e as penalidades em caso de inadimplência.
- Transparência na gestão dos recursos: O franqueador deve comunicar regularmente aos franqueados como os royalties estão sendo utilizados, mostrando os investimentos realizados na rede.
- Diálogo constante: Manter uma comunicação aberta e frequente entre franqueador e franqueados ajuda a resolver dúvidas e evitar mal-entendidos relacionados aos royalties.
- Análise de mercado: Antes de estabelecer a política de royalties, o franqueador deve realizar uma análise do mercado para garantir que os valores cobrados estejam alinhados com as práticas do setor.
Exemplos de royalties no mercado de franquias
A cobrança de royalties varia bastante entre os diferentes segmentos de franquias. Redes de alimentação, como cafeterias e fast-foods, geralmente adotam um percentual sobre o faturamento, enquanto franquias de serviços podem optar por valores fixos ou combinações de modelos.
Por exemplo, uma franquia de lanchonetes pode cobrar 5% do faturamento bruto em royalties, enquanto uma franquia de educação pode adotar uma taxa fixa de R$ 2.000 por mês. Já franquias no setor de tecnologia podem optar por modelos híbridos, combinando percentual e valores fixos.
Considerações finais
Portanto, com esse guia, você tem todas as informações necessárias sobre royalties de franquias e as maneiras de defini-los. Agora, você pode utilizar este artigo como material de consulta sempre que necessário.
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