Segundo especialistas da área, a Copa do Mundo pode beneficiar muito alguns setores e prejudicar outros
São Paulo – Faltam pouco mais de 150 dias para a Copa do Mundo no Brasil. Contudo, obras atrasadas e problemas na organização podem atrapalhar o evento e o faturamento de quem se preparou por anos. O mercado de franquias, por exemplo, tem uma expectativa morna para o torneio.
“A princípio, o impacto não é muito grande. Os baixos investimentos em infraestrutura estão impedindo estarmos em uma situação melhor”, diz Paulo Cesar Mauro, presidente da Global Franchise.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising, o faturamento do setor em 2013 deve ser de 117 bilhões de reais, com um crescimento de 14%. Os dados devem ser consolidados até o final do mês. Apesar da Copa, a ABF trabalha com uma perspectiva de crescimento menor para 2014, cerca de 12%. “Nós entendemos que vai a Copa ser muito positiva. Mas o resultado ainda é uma grande incógnita”, diz Rogério Feijo, diretor de inteligência de mercado da associação.
De acordo com Feijo, o excesso de feriados e a movimentação atípica em dias de jogos podem prejudicar alguns setores. Mesmo com a possível alta nas vendas de alimentação e vestuário, outras áreas podem ter resultados piores do que em 2013. “A tendência é que tenha um fluxo de turistas e capital relevantes, o que irá ajudar as vendas do varejo. De forma geral, os setores que mais irão se beneficiar serão o de turismo e de alimentação”, diz José Carlos Fugice Jr, sócio-fundador da Goakira Consultoria Empresarial.
Os setores mais prevalecidos na Copa do Mundo
As áreas de educação e infraestrutura já passaram da fase de preparação para o evento. Agora, os especialistas apostam em tudo ligado ao turismo, como hospedagem e locação de veículos, serviços, como alimentação, e varejo especializado, como uniformes e materiais esportivos.
Na área de alimentação, por exemplo, Feijo ressalta a criação de novos tipos de pontos comerciais para as franquias. “Áreas de alimentação em estádios e aeroportos têm aberto novas frentes de atuação”, indica o porta-voz da ABF.
Outro impacto no mercado será a atração de redes internacionais. A ABF espera a chegada de ao menos 30 novas redes ao país só em 2014. “Os dois grandes eventos esportivos que estão por vir vão contribuir para o aumento de produtos relacionados à marca Brasil. Além disso, espera-se um aumento do consumo em geral, tanto por parte dos brasileiros quanto dos turistas que estarão no país em 2014”, afirma Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt.
Matéria original em Exame.
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