Você com certeza já se deparou com centenas de franquias em sua vida. Elas estão por toda parte: nos shoppings centers, nos postos de gasolina, nas farmácias, nos açougues, nas lojas de roupas e até na Internet. Mas o que é franchising?
O franchising é o modelo de negócios que tem por base a criação de franquias em diversas partes do globo. Ele transforma pequenas empresas em grandes marcas consolidadas em todo o mundo.
McDonald’s, Picadilly, O Boticário, Cacau Show, Havaianas, Subway e tantas outras marcas são representações de negócios que integram o sistema de franchising, e que deram muito certo. Mas não pense que é só para elas que pode dar certo: o franchising é uma área em ascensão constante no Brasil e no mundo. Só no ano passado, o setor faturou R$185,068 bilhões no país, e conta com mais de 170 mil unidades de franquias espalhadas pelo mapa.
Então, se você está aqui, é porque tem interesse nesse setor de negócio lucrativo que só cresce e dá ótimos retornos. O franchising é um modelo de negócios muito característico, diferente dos negócios tradicionais, que tem uma legislação própria e termos só seus.
Por isso, é importante entender cada detalhe sobre essa área, antes de se lançar num investimento. Nesse post, vamos te contar passo-a-passo tudo o que você precisa saber sobre o modelo de negócios de franquias. Fique conosco!
O que é franchising
O franchising, de uma maneira simplificada, é uma maneira de empreender em que um dono de negócios resolve expandir sua empresa para novas unidades. Sendo assim, ele concede, através de uma venda, o direito à sua marca e patente, para um, ou vários, novos empreendedores.
Esse dono passa a ser chamado franqueador, e os novos filiados se chamam franqueados. Os franqueados não possuem vínculo empregatício com o franqueador, e pagam algumas taxas mensais para ele, a fim de manter a marca funcionando.
O franchising é conhecido por possuir uma mesma identidade em todas as suas unidades, espalhadas por diferentes lugares: as unidades de uma franquia podem estar dispostas na Internet, numa mesma cidade, mas também em estados e países diferentes, ou seja, a lógica é bem expansiva.
Porém, cada uma dessas unidades deverá utilizar as mesmas cores, insumos, produtos e processos de produção. Tudo fica muito bem padronizado, garantindo que o cliente se sinta sempre dentro de uma mesma loja, proporcionando uma unidade da marca.
Além disso, o sistema é capaz de gerar lucros grandes, sem a necessidade de tanto investimento partindo de uma pessoa só. O franchising é responsável por criar uma rede de colaboração entre investidores, e de partilha de uma mesma marca que deu certo. Por isso, se torna mais fácil alcançar o sucesso tanto para o franqueador quanto para o franqueado.
Esse modelo de negócios, por exemplo, se encontra à frente dos outros modelos quando o assunto é dar certo! De acordo com o SEBRAE, 80% das micro e pequenas empresas vão à falência nos cinco primeiros anos de vida, enquanto no mercado de franquias, essa porcentagem cai para 15%.
Franchising no Brasil hoje
O franchising é um modelo de negócios promissor não só no Brasil, mas também no mundo. Desde que surgiu, o sistema tem crescido cada vez mais, superando as expectativas e até mesmo o desenvolvimentos dos outros negócios tradicionais. Mesmo em períodos de uma economia restrita no Brasil, e em momentos de recessão, o franchising se mostrou resiliente, e continua bem consolidado.
O Brasil, atualmente, tem vivido um momento de crise econômica, diretamente relacionada à pandemia da Covid-19 que assolou o mundo nos últimos dois anos. A inflação crescente tem representado um desafio para a maior parte das redes de comércio e varejo, e também afetou o franchising. Com o fechamento dos estabelecimentos em 2020, a economia sofreu bastante.
Um diagnóstico dessa crise pode ser visto no resultado acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi de 10,06% no ano de 2021, retratando um crescimento expressivo nos preços não só de produtos, mas também de insumos.
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Franchising superou a crise
Nesse contexto, o franchising tem mostrado uma capacidade de resistir às oscilações econômicas, e, apesar de uma queda em resultados no ano de 2020, tem se recuperado e crescido novamente a partir de 2021.
De acordo com a Pesquisa de Desenvolvimento do 4º trimestre da Associação Brasileira de franchising (ABF), houveram impactos da inflação no setor, mas estão sendo superados. As expectativas para o ano de 2022 é de um crescimento ainda mais consolidado.
Diante disso, o franchising faturou R$56.663 no 4º trimestre de 2021, mais que o mesmo período do ano de 2020 (R$53.976), que estava profundamente afetado pelo lockdown, e até mais que em 2019 (R$54.966).
Em relação ao faturamento acumulado do ano, o setor obteve o resultado de R$185.068, contribuindo em grande parte para a economia brasileira. O número de empregos gerados é também expressivo, sendo que, em média, cada franquia gera oito empregos diretos.
Ainda segundo o relatório, os fatores que proporcionaram esse crescimento foram o fim das medidas de restrição, a retomada dos hábitos de consumo, o aumento do movimento dos shoppings centers, a maior eficiência gerada pelas novas tecnologias e os novos modelos de franquias online.
Como surgiu
O franchising tem origens mais antigas do que imaginamos. Esse modelo de negociação já estava presente mil anos atrás, na Idade Média. Nessa época, o governo cedia o direito de avaliar impostos e fiscalizar a ordem das cidades para pessoas importantes da Igreja. Em troca disso, esses funcionários pagavam taxas para o Estado, e tinham o poder de exercer atividades econômicas e de ter poder aquisitivo.
Mais adiante, no período das grandes navegações, os reis criavam representantes da coroa nas colônias, garantindo a proteção da coroa e dos interesses dos monarcas. Em troca, eles recebiam impostos, fazendo com que o dinheiro circulasse em diferentes países.
No entanto, a história das franquias costuma ser narrada a partir do momento em que o dono das máquinas de costura Singer, uma empresa americana, começou a dar o direito aos funcionários de vender essas máquinas.
Para isso, eles tinham que pagar uma taxa dos lucros para o dono da patente, e também fazer cursos de licenciamento e treinamento. Esse marco se deu em meados do século XIX, em 1850.
Empresas que fizeram parte do início
Outras empresas também foram importantes neste início oficial. No final do mesmo século, a General Motors começou a permitir que outros empresários comercializassem seus veículos, inaugurando o que conhecemos como concessionária. Além disso, a empresa Harper Cabeleireiro ensinava suas técnicas para outras profissionais, e as atualizavam constantemente das novidades da área.
No início do século XX, o famoso Henry Ford começou a empregar o modelo de franchising em suas fábricas, e foi seguido por empresários do ramo de combustíveis. A Coca-cola também abriu, à época, sua primeira franquia de fábrica de refrigerantes, dando os primeiros passos para se tornar a multinacional queje. No entanto, foi só depois da segunda guerra mundial, em 1945, que as franquias se consolidaram e se espalharam pelo mundo, com marcas como KFK e Burger King.
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Assim, no Brasil, o franchising chegou na década de 1980, com as escolas de idiomas CCAA e Yazigi. Porém, o setor foi realmente crescer no país a partir do início dos anos 2000, e com a criação de formas de regulamentar o esse modelo de negócios inovador.
Essas formas de regulamentação são representadas, hoje em dia, pela ABF franchising, criada em 1987, e pela Lei de Franquias, que foi criada, pela primeira vez, no governo Sarney, em 1994, e foi atualizada recentemente, em 2019. Hoje, em um mundo globalizado, as marcas se espalham por praticamente todos os países, ganhando proporções nunca antes vistas.
Tipos de franquias
O franchising é um modelo de negócios muito difundido, e que compreende um conjunto de empresas muito grande, espalhadas por todo o mundo, e por todos os ramos do varejo.
É possível encontrar muitos tipos de franquias como de alimentação, franquias de estética, franquias de moda, franquias de construção, franquias de tecnologia, franquias de saúde, franquia de doces, franquias de prestação de serviços, franquias de hotelaria, escolas, franquias de agências de viagens, farmácia, decoração, bebidas, franquias de sapatos, entre tantas outras. Por isso, é difícil colocar o franchising dentro de uma caixinha só, afinal, existem muitas franquias diferentes.
Uma forma de categorizar as franquias é pelo seu tamanho, e pelo valor do investimento inicial. Esse critério é utilizado porque é de interesse, da maioria dos candidatos a franqueados, saber se é possível começar com uma franquia de acordo com suas condições financeiras.
Assim, elas se dividem em franquias baratas para investir, e franquias de médio e longo prazo de investimento. Nesse sistema, existem as microfranquias, minifranquias e franquias convencionais. Conheça cada um dos grupos abaixo:
Microfranquias
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) estabelece que o valor máximo para que o investimento inicial caracterize uma microfranquia deve ser três vezes o PIB per capita anual.
De acordo com o PIB de 2023, esse valor seria de aproximadamente R$ 135 mil reais. Lembrando que este é o maior valor de investimento permitido, ou seja, podem existir empresas que oferecem a possibilidade de começar com menos dinheiro.
Isso faz com que esse modelo de negócio seja acessível a um grupo maior de pessoas que, muitas vezes, não conseguem arcar com investimentos muito altos, e com que o empreendedorismo seja uma prática mais comum. Então, é fato: você já pode começar a se planejar para abrir sua própria franquia e ampliar (ou começar!) sua empresa.
Um exemplo de microfranquia sólida e lucrativa na área de educação é o CNA. O CNA é uma rede de escolas de idiomas super renomada, com quase 700 unidades e 50 anos de experiência, e que agora conta com modelos de microfranquia para quem procura o melhor negócio para investimento com pouco dinheiro. São opções para pontos comerciais menores e menos alunos por sala, com investimento inicial de R$ 35 mil.
As minifranquias são raramente denominadas assim. Elas se misturam, normalmente, com o conceito de microfranquias.
No entanto, as minifranquias são, em geral, encontradas nos negócios home-based, em que o lucro permanece o mesmo, mas os investimentos são muito pequenos, por exemplo, em negócios que não precisam de muitos funcionários, nem de um local físico para funcionar.
Então, essas franquias costumam precisar de um investimento inicial muito baixo, e também de baixo custo de manutenção, dando oportunidade para pequenos empreendedores começarem a trabalhar por conta própria, e conseguir bons lucros no final das contas.
Elas estão, hoje em dia, entre as melhores franquias para investir, com certeza.
No caso das minifranquias, o investimento inicial estabelecido como base é de até R$50 mil, ou seja, elas são ainda mais baratas que as microfranquias.
Franquias convencionais
As franquias convencionais são aquelas com investimento ilimitado, e que contam, em geral, com lojas físicas e muitos funcionários.
Aqui também podemos citar como exemplo de franquia convencional a inFlux, uma escola de inglês que se destaca por seu método inovador baseado em abordagens comunicativas e lexicais. Com mais de 150 franquias em todo o Brasil e em Portugal, a inFlux é amplamente reconhecida, recebendo diversos prêmios, incluindo o título de “Melhor Franqueadora” pela ABF, mostrando a solidez não só do franchising, mas também do setor de educação.
Elas são consideradas investimentos de médio e longo prazo, porque, apesar de o lucro nelas ter um grande potencial, pode ser que demore um tempo maior para conseguir o valor do investimento de volta.