Projeto executivo de arquitetura: entenda suas características e aprenda como fazer

29 minutos para ler

Depois de entregar um projeto para um arquiteto, são muitas etapas até que o trabalho esteja pronto. É necessário fazer um levantamento de dados sobre a obra, o local dela, relevo, regras da cidade e do bairro, e também passar por esboços, alterações, e por um primeiro projeto antes de uma etapa final. Quando finalmente todos os pontos são ajustados, chega-se à parte mais completa de todo o trabalho – aquela que será enviada pronta para os engenheiros e mestres de obras: o projeto executivo de arquitetura. É sobre este tema que vamos falar neste post. Acompanhe-nos até o final!

Arquitetura Comercial e Visual Merchandising; Projeto executivo de arquitetura
Aproveite para ler outros artigos e mais conteúdos relacionados ao tema Arquitetura de Varejo:

O projeto executivo arquitetura é a obra prima do arquiteto. Ele reúne todos os detalhamentos da obra, como o projeto sanitário, hídrico, elétrico, a lista de materiais de cada ambiente, e tudo mais que uma obra necessita.

O Projeto Executivo combina o processo criativo com a realidade e a viabilidade da execução artística projetada. Ou seja, o projeto executivo arquitetura é um compilado de todas as coisas necessárias para começar uma construção.

Se você está pesquisando por um projeto de arquitetura para a sua loja / empresa, mas ainda tem dúvidas sobre o que é um projeto executivo, ou qual é a importância de um projeto executivo para a sua empresa, clique no botão abaixo e detalhe seu projeto para um arquiteto especializado em varejo.

Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp

Neste artigo, falaremos sobre todos os tópicos que envolvem o projeto executivo arquitetura, ensinando o passo a passo dele e descrevendo o que deve ter, portanto, continue lendo.

projeto executivo de arquitetura

O que é projeto executivo de arquitetura?

O projeto executivo de arquitetura é um documento oficial do arquiteto, e que contém toda a informação necessária para a realização completa da obra. É a entrega final do projeto. É desenvolvido após a reunião entre o cliente, engenheiro e arquiteto, onde se definem materiais, conceitos aplicados, detalhes de importância para o cliente.

Em um projeto executivo arquitetura há vários diferentes componentes.

Existe o memorial descritivo, onde estará descrito todo o procedimento a ser seguido no desenvolvimento da obra, passo a passo.

Também conta com a tabela orçamentária, que resumirá toda a informação sobre custos e materiais necessários, bem como custos com mão de obra, aluguel de equipamentos, serviços terceirizados e quaisquer outros detalhes individuais que envolvem custos da construção.

Também poderão ser encontradas as plantas arquitetônicas do projeto, planta estrutural, planta elétrica, e todas as outras pranchas que forem necessárias para que não haja dúvida de como a construção será conduzida.


projeto executivo de arquitetura
Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp

Informações próximas a essas também existem no projeto básico, no entanto, o projeto executivo de arquitetura tem um nível de detalhamento superior, pois é a consolidação do trabalho da equipe de projeto. Nele, são apontados os detalhes finais, necessários para a construção da obra de fato, como os materiais dos acabamentos, etc.

O que a ABNT diz sobre o projeto:

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é responsável pela normatização de todas as áreas da indústria no Brasil. Se você pensou que ela só servia para trabalhos acadêmicos, se enganou. As normas criadas pela ABNT fazem com que sejam desenvolvidos os projetos sempre da forma adequada, em que não há mal entendidos no significado de informações, tornando qualquer projeto compreensível a todos que irão trabalhar nele.

Essa padronização também leva a serem cobertos todos os elementos necessários para que o projeto cubra os pontos fundamentais. Outro ponto importante da ABNT é que ela torna possível que qualquer projeto seja passível de replicação.


Sinta-se seguro com a execução do projeto da sua loja ou empresa.

Opte por trabalhar com arquitetos EXPERTS EM VAREJO, e que ENTENDEM como projetar uma loja que desperte impulsos de consumo no subconsciente do seu cliente.

Preencha o formulário abaixo e VAMOS FALAR DO SEU PROJETO ✅


De forma específica, no projeto arquitetônico são cobertos detalhes como o desenho técnico, toda a representação visual do projeto, que são especificadas na Norma BRasileira/NBR 6492/94: Representação de projetos de arquitetura. E também etapas do projeto, fundação, edificação, acabamento, plantas elétricas, estruturais, de telhado, de piso, entre outros.

E isso terá aspectos particulares para construções novas e para reformas, informações dispostas na NBR de arquitetura e engenharia. A principal norma a ser usada é a NBR 13.531/95: Elaboração de projetos de edificações – Atividades técnicas.

A norma acima descrita “fixa as atividades técnicas de projeto de arquitetura e de engenharia exigíveis para a construção de edificações.” Portanto, ela não é autossuficiente sobre todo o projeto, mas detalha aquilo que é mandatório em um projeto, de acordo com suas especificações. Para cada uma das áreas específicas há normas aplicáveis, com o detalhamento de como o projeto deverá ser conduzido, ao exemplo da norma anteriormente citada, que instrui sobre como deve ser feito o desenho técnico do projeto.

projeto executivo de arquitetura

De forma semelhante, existem NBR ‘s para cada um dos aspectos do projeto executivo arquitetura. Alguns exemplos:

  • Para projeto de fundações:
    • NBR 6122/96: Projeto e execução de fundações;
  • Para os diferentes tipos de piso:
    • NBR 13.753: Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante;
    • NBR 13.754: Revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante;
    • NBR 13.755: Revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante.

Essa lista se estende para todos os tipos de edificações e para cada uma das etapas do projeto executivo arquitetura. Portanto, o profissional de arquitetura, assim como o engenheiro civil, deverão estar sempre informados sobre as normas que precisarão utilizar na obra que tem em mãos.

Diferença entre projeto básico e executivo de arquitetura

Como foi antecipado no tópico anterior, o projeto básico não difere muito do projeto executivo arquitetura. No entanto, suas propostas são bastante distintas. Vamos entender os aspectos destas diferentes fases no projeto.

A NBR 13.531/95 chama o projeto executivo arquitetura de “projeto para execução (PE)”, sendo sua definição a seguinte:

“Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, completas, definitivas, necessárias e suficientes à licitação (contratação) e à execução dos serviços de obra correspondentes.”

projeto executivo de arquitetura

Então, com o que falamos anteriormente e essa definição, é possível compreender o escopo do projeto executivo. Ele está no final do desenvolvimento do projeto como a entrega feita pelo projetista.

Por outro lado, o projeto básico (PB), um item opcional segundo a norma, traz as informações ainda não concluídas sobre o projeto, com o objetivo de se discutir o que mais é preciso fazer, chegar a considerações finais sobre aspectos mais complexos ou controversos da edificação ou simplesmente apresentar informações sobre viabilidade técnica e financeira do projeto, estimativa inicial de custos, expectativas de prazo de execução, entre outras informações de mesma relevância.


Um Projeto de Arquitetura de Varejo realmente pode aumentar as vendas da minha loja? Assista ao depoimento abaixo!

Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp

Há outras etapas de projeto anteriores a essas duas, que constroem a base na qual o projeto será produzido, com a coleta de todas as informações necessárias, assim como projeto prévio da obra. No entanto, entender a diferença entre essas duas é de especial importância para que não se perca demasiada energia e esforço no projeto básico. Pois no caso de uma resposta negativa do cliente para o projeto apresentado, isso pode significar um desperdício de recursos humanos e, possivelmente, até financeiros. Em suma, o projeto básico irá apresentar toda a informação de relevância antes que o projeto tome sua forma final, enquanto o projeto executivo arquitetura irá descrever tudo que virá a partir daquele estágio.

Importância do projeto executivo de arquitetura

O projeto executivo arquitetura é o documento mais importante de uma obra, e o trabalho mais relevante de um arquiteto. Isso porque esse material reúne todos os conhecimentos característicos do arquiteto, e faz com que o profissional use tudo o que aprendeu durante a faculdade, e talvez muito mais que isso. Ele é o retrato da competência, responsabilidade e também um atestado da habilidade do profissional arquiteto.

Quanto à relevância do projeto executivo de arquitetura para a construção, ele é, talvez, o guia mais importante. Isso porque ele reúne todos os dados, num manual de instruções muito bem detalhado, de tudo o que deverá ser feito naquele ambiente. Mas muito mais que um manual de instruções, ele é a receita perfeita para a realização das necessidades daquele cliente, dentro das exigências e circunstâncias da vida real, como leis, normas e engenharia.


Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp

Sem um projeto executivo de arquitetura bem feito, é bem possível que muito dinheiro seja perdido, e que o dono da obra não fique totalmente satisfeito. Além disso, possíveis erros acabam acontecendo, se o projeto executivo não estiver com muita qualidade, ou se não for possível contar com ele.

Esse documento garante também que todos os que forem trabalhar na execução da obra estejam com pensamentos e objetivos alinhados, segundo todas as necessidades apontadas pelo cliente e também as impostas pela burocracia.

Ou seja, o projeto executivo arquitetura é muito importante, por diversos fatores. Primeiro, para que toda a informação seja muito bem prevista, estudada e credível, pensada por um profissional capaz. Mas também para que ela esteja toda reunida em um só local e acessível para todos. Um bom projeto de arquitetura otimiza gastos, garante segurança, conforto e a realização plena do cliente.

Etapas anteriores ao projeto executivo de arquitetura

As fases anteriores ao projeto executivo arquitetura, além do projeto básico já falado, tem significativa importância para o bom andamento do projeto.

São elas que dão embasamento para a tomada de decisão que será feita no projeto básico, alicerçando a criação do projeto para execução (PE) ou “projeto executivo arquitetura”. Essas etapas também estão citadas na norma.

Antes de dar início à construção do projeto executivo arquitetura, é preciso fazer o passo a passo das etapas anteriores, que dão embasamento para a construção de um projeto viável e bem planejado, compatível com as necessidades do cliente. Por isso, pular etapas pode ser muito prejudicial, além de comprometer até mesmo a qualidade do projeto final.

Confira, abaixo, as etapas anteriores ao projeto executivo, ou tire suas dúvidas diretamente com um arquiteto especialista em varejo.

Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp
1- Levantamento (LV);

O levantamento é a etapa em que todos os dados da demanda da obra são coletados. Faz-se uma reunião de todos os fatores que dizem respeito ao projeto, como o desejo do cliente, as informações sobre o local, o orçamento disponível, o número de pessoal necessário, e até mesmo quanto tempo você irá precisar para fazer o trabalho como um todo.

Essa parte é importante para que seu cliente fique por dentro e tenha consciência de tudo o que vai acontecer até que a obra esteja completa, ou até que o projeto executivo de arquitetura seja entregue. Além disso, é fundamental para os próprios arquitetos saber com que estão lidando.

A construção de um documento que reúne todas as informações sobre o projeto se chama briefing. Ele é o lugar em que você faz esboços de ideias, e anota coisas, resumindo as expectativas do seu cliente. Dedique-se bastante a essa parte, para garantir que você realmente absorveu qual é a intenção da obra. Ah! Seu objetivo deve ser sempre de alinhar as vontades do seu cliente com suas propostas artísticas.

2- Programa de necessidades (PN);

O Programa de Necessidades, ou PN, é uma etapa preparatória para a elaboração do projeto de arquitetura, e é feita após o levantamento. Com base nas informações levantadas na primeira etapa, em contato com seu cliente e com a realidade da obra, o arquiteto faz uma lista de necessidades, que chamamos de PN.

Nesse programa, estarão descritas todas as exigências e limitações do projeto. Por exemplo, lá deve estar especificado se há necessidade de portas largas, com acessibilidade, se é preciso ter refrigeração ou aquecimento nos cômodos (o que você poderá descobrir de acordo com o clima da região), o tipo de iluminação exigido pelo cliente, entre outros. Assim, por meio das condições, você poderá produzir uma ideia que abrace todas as necessidades.

O PN é, de certo modo, um resumo do levantamento. Após a compreensão completa do desejo do cliente, o arquiteto faz um documento que especifica todas as condições para a obra. Essas necessidades vão ser coletadas por meio de visitas ao local, de conversas sobre cada cantinho da obra com o cliente, e entendendo o perfil das pessoas que irão conviver no local.

Por exemplo, se seu cliente quer que um dos quartos de sua casa seja utilizado como escritório, é necessário pensar na iluminação do local, por exemplo. Se, por outro lado, você está produzindo um estabelecimento comercial que será um bar rústico, é preciso ter um local mais escuro, e com cômodos atrás. Essas e outras coisas devem ser observadas no PN.

3- Estudo de viabilidade (EV);

Após ajustar o PN, com todas as necessidades do cliente, é hora de analisar se o projeto é factível. Ou seja, é preciso ter a certeza de que é possível e plausível fazer aquele projeto se tornar realidade. Para o estudo de viabilidade (EV), vários fatores entram em jogo:

O orçamento que o cliente está disposto a empregar na obra é coerente com o projeto que ele tem em mente? A localização é favorável? É possível atender a todas as necessidades do cliente? Todos os documentos necessários estão disponíveis? A construção de uma obra como essa é permitida por lei? Esses e outros questionamentos devem ter uma resposta positiva para que o projeto seja levado adiante.

É necessário que o arquiteto disponha de muita seriedade para realizar essa parte do projeto, porque, ao dizer para o cliente que há, ou não, viabilidade, é necessário que isso seja totalmente verdadeiro. Não pode haver espaço para um projeto iniciado, que, mais adiante, se mostra incompatível. E também não deve existir uma negativa em relação a um projeto que pode, sim, ser realizado.

4- Estudo preliminar (EP);

Depois da aprovação do projeto, e da percepção de que ele é realizável, além da sua disponibilidade em fazê-lo, é hora de começar a pensar na prática! O Estudo preliminar, ou EP, é o momento em que o arquiteto deverá fazer desenhos iniciais da obra, e algumas maquetes, para apresentar para o cliente.

Nessa parte anterior ao projeto, o profissional da arquitetura faz também cálculos estruturais básicos (anteriores ao do engenheiro), para garantir que suas propostas são possíveis. Além disso, ele irá fazer o estudo de alguns materiais, de acordo com a posição da obra em relação aos elementos da natureza, e irá pensar na disposição dos cômodos.

Tudo isso deve ser esclarecidamente feito como inicial, e é necessário que o cliente entenda isso. Porque, há essa altura, podem haver muitas mudanças no que está sendo proposto para a obra. Afinal, o EP se trata apenas dos primeiros esboços e tentativas de conciliar todas as condições necessárias para o local.

4- Anteprojeto (AP) e/ou pré-execução (PR);

O anteprojeto (AP) ou projeto básico, de que já falamos acima, é a próxima fase a ser realizada, antes do projeto executivo arquitetura. Ele é importante porque é a fase em que a ideia finalmente se consolida, com a construção de uma ideia sólida, e que dá uma visão do que será feito, de fato.

Depois do estudo preliminar, algumas coisas podem ir sendo modificadas, sempre com a autorização do cliente. Diante desses estudos, cálculos, levantamentos de materiais, etc, faz-se o projeto básico.

Nessa fase, devem estar contidas as pranchas com desenhos de cada ambiente, lista de móveis e materiais, os cálculos iniciais, e tudo o que precisa ser apresentado para a aprovação.

5- Projeto legal (PL);

A última etapa, antes do início da execução do projeto executivo arquitetura, é a aprovação legal do projeto básico. Afinal de contas, antes que qualquer obra seja iniciada em uma cidade, é necessária a aprovação prévia da prefeitura. Se se trata de um projeto de maior escala, como uma encomenda federal, ou uma obra das rodovias, ainda assim é necessário que as autoridades competentes aprovem a execução.

Essa etapa é um dos motivos pelos quais há diferenciação entre projeto básico e projeto executivo. O PB pode ser modificado mediante pedidos do cliente, e também diante de exigências legais. Além disso, o PE é mais detalhado, com todos os cálculos e listas prontos para serem entregues aos engenheiros.

O que precisa estar no projeto executivo de arquitetura

Depois de todas as etapas anteriores, é hora de botar a mão na massa e finalizar o projeto executivo. Todas as informações coletadas e produzidas anteriormente são muito necessárias e fundamentais para que o projeto executivo de arquitetura (PE) seja factível. A conexão com o cliente, a essa altura, deve ser inabalável, o conhecimento da obra é intrínseco ao arquiteto, e as ideias, esboços e projeto básico precisam já ter sido aprovado por todos os envolvidos.

Arquitetura Comercial e Visual Merchandising; projeto executivo de arquitetura

Lembrando sempre que o PE deve ter escala igual ou superior a 1/100 – para a representação da edificação e do local onde será inserida. Para ampliações setoriais, no entanto, a escala deve ser menor que 1/100.

1)     Plantas e desenhos detalhados

A principal coisa que deve estar no projeto executivo arquitetura são todas as plantas da obra que será realizada. É preciso ter em mãos as plantas detalhadas de cada cômodo, bem como a planta de situação e localização, a planta de coberta, planta baixa, planta de paisagismo, planta elétrica, planta luminotécnica, planta de forro.

Todos os profissionais responsáveis pela execução da obra – engenheiros, pedreiros, mestre de obras, eletricista, jardineiro, etc – se basearão nas plantas entregues pelo arquiteto. Por isso, é de fundamental importância que elas sejam claras e muito acessíveis, para compreensão de todos. Além disso, a descrição de cada coisa precisa ser impecável, sem deixar passar detalhes que precisam de formação para serem compreendidas. Não use termos técnicos da arquitetura nem nada do tipo: explique cada coisa no desenho.

Em cada um dos desenhos que serão inseridos no projeto arquitetônico executivo é preciso constar o norte magnético, as cotas horizontais, as indicações de mudança de nível, de caimento de telhado e outras recomendações sobre a construção.


O Podcast abaixo pode ser do seu interesse. Aperte o PLAY ▶


Na planta e localização e situação, deve conter o norte, as curvas de nível, os acessos, calçadas, cortes e fachadas, reservatórios de água, textos e cotas e informações urbanísticas.

Já na planta de cobertura, será especificado o tipo de cobrimento (telhado) que foi escolhido para a obra. Nessa planta, devem estar coisas como o decaimento, a inclinação, o material escolhido para a cobertura. Além disso, é preciso conter o norte, os textos e as cotas, os níveis, os elementos de captação da água.

A planta baixa é, justamente, a planta que se dedica a mostrar os ambientes da obra. Podem ser várias as plantas baixas, dependendo do tamanho do projeto e necessidade. É preciso retratar cada canto e ângulo dos cômodos. Nelas, deve conter os quadros de acabamento, de elementos estruturais, e de esquadrias.

Já a planta de paisagismo se refere às áreas de jardins e externas. Ela existe somente em projetos que contenham esses espaços, como casas com quintal, prédios, e locais voltados para o lazer. No caso de apartamentos fechados ou apenas cômodos, essa planta não estará presente. Nela, são necessárias as curvas de nível, o norte, os acessos, calçadas, tipos de vegetação, mobiliários, e volumes propostos.

A planta elétrica, para quem não é do ramo de arquitetura, pode parecer estranho ou inusitado, mas é fundamental planejar como será a organização da fiação da casa, para que seja viável e bem discreta. Nessa planta deve estar o caminho dos fios, indicação dos pontos elétricos, e quadro de energia, além dos elementos estruturais.

Na planta luminotécnica, deve estar a iluminação de cada cômodo, com seus respectivos interruptores. Aqui vale lâmpadas, abajures, lustres, e tudo o mais.

Finalmente, na planta de forro estão os dados sobre o forro da obra, contendo informações sobre materiais, perímetro e outros detalhamentos necessários.

2)     Projeto estrutural

Uma parte mais chata da execução de uma obra é a parte do projeto estrutural. A arquitetura se encarrega da parte artística e dos benefícios de cada detalhe para o cliente. Mas é preciso pensar, também, em matemática quando o assunto é a construção de um ambiente físico. Imagine, por exemplo, numa ponte. É importante pensar em sua estética, harmonia, e na melhor forma de ela se encaixar com o ambiente e as pessoas. Mas quanto de material é preciso utilizar para que a ponte não caia? Como esse material deve ser posicionado?

Esse é o trabalho do projeto estrutural. Ele possui os cálculos matemáticos e físicos, contendo a indicação dos materiais, quantidades e disposições, para que o projeto seja fisicamente viável, e esteja pronto para ser colocado em prática. É com ele que os engenheiros civis irão trabalhar, e desenvolver ainda mais os cálculos. Ainda, é preciso ter muita responsabilidade ao fazer o projeto estrutural, pois ele diz respeito à otimização de gastos com material, e à segurança da obra.

Também, no projeto executivo de arquitetura devem estar as especificações técnicas relativas às normas da ABNT, de execução dentro das regras estabelecidas para aquele tipo de construção naquele determinado local.

3)     Planilha orçamentária

Após os cálculos estruturais, é possível ter a relação completa e exata de materiais que serão necessários para toda a obra, etapa a etapa. Diante disso, faz-se a planilha orçamentária. Primeiramente, deve estar especificado no projeto executivo arquitetura a lista de materiais que serão usados a partir de qual momento. Afinal, não dá pra ficar com todos eles o tempo todo ali presentes. Por isso, serão introduzidos dia a dia, conforme o andamento da obra. São muitos os materiais, muito além de material de construção. São necessárias ferramentas, máquinas, material decorativo, objetos, etc.

Diante dessa lista, o arquiteto também apresenta a relação de valores, com uma planilha orçamentária. Assim, é possível apresentar para o cliente exatamente quais serão seus gastos, antes mesmo de começar a obra. Ali, deve estar especificado a quantidade de profissionais que serão necessários, e o valor final da lista de materiais.

A partir desses documentos, o cliente aprovará, ou não, o valor, e dará aval para início das construções. É preciso lembrar que também há sempre espaço para negociação, tanto do cliente com o arquiteto, quanto na compra dos materiais, que pode ser obtida com promoções, etc. E claro, é preciso sempre considerar que incidentes podem acontecer, causando um possível desperdício de material, que deve ser comprado com sobra sempre.

4)     Memorial descritivo

Agora, depois de tudo pronto, uma outra parte chata – porém necessária – é fazer o memorial descritivo da obra. Se você não sabe do que se trata, tudo bem, porque é um nome incomum. Esse é um documento público, registrado em cartório, com todos os dados sobre a obra, disponível para todos os interessados nela poderem acessar. Ali, será realmente descrito cada aspecto da obra, como o orçamento, do que se trata, os cômodos, materiais, etc.

Além disso, o memorial descritivo possui uma explicação do passo a passo que envolve a obra, por exemplo: “será construída uma parede de 3 metros de altura e 5 metros de largura, com tijolos cerâmicos de 8 furos. A massa de cimento a ser utilizada deve utilizar a proporção 5:2 de areia e cimento…”.

Os memoriais descritivos são importantes para haver registros públicos da obra, facilitando o trabalho de futuros profissionais que possam vir a trabalhar com uma reforma daquela obra, por exemplo. Assim, eles terão a noção exata de onde fica cada coisa, e não cairá em problemas.

Otimizando a elaboração do projeto

Parece extremamente difícil fazer o projeto executivo arquitetura, não é? E, realmente, não é uma coisa fácil, e não deixa de ser trabalhosa. Mas é possível torná-la muito menos demorada e complicada, otimizando algumas partes, e aproveitando o trabalho já feito nas etapas anteriores. Além disso, é sempre bom utilizar as ferramentas que a tecnologia nos disponibiliza.

Uma primeira coisa que é possível ser feita para otimizar a elaboração do projeto é apenas melhorar as plantas, desenhos, listas, quadros e contas que já haviam sido feitas nas etapas anteriores à realização do projeto executivo arquitetura. Então, quando for fazê-las, é sempre importante caprichar, para não precisar fazer duas vezes. Assim, você terá mais tempo para executar as coisas necessárias, fazendo o trabalho ser mais possível.

Além disso, uma coisa que é difícil na realização do PE é a certeza de que nada foi deixado passar, e que os dados estão muito coerentes. Isso é fundamental para evitar erros na obra. Por isso, uma dica é seguir um cheklist das coisas que são necessárias no projeto executivo, e ir dando “ok” conforme estiverem prontas. Além disso, peça para um colega dar uma olhada antes de entregar o projeto pronto.

Por último, uma coisa que ajuda muito na execução de projetos executivos de arquitetura é usar a tecnologia como aliada. Existem muitos softwares que automatizam a construção das plantas, a realização dos cálculos, e a organização e importação de informações. Assim, você ficará encarregado apenas de complementar e corrigir as coisas depois de prontas.

Lembrando sempre que tempo é dinheiro, e que quanto mais rápido você conseguir entregar um projeto redondo, e bem feito, melhor será para seu cliente, que economizará, por exemplo, com a inflação, e poderá comprar materiais por um preço menor que compraria no futuro. Sem contar que também será melhor para você otimizar tempo e trabalho, confiando no trabalho de máquinas e ainda mais no seu. Por isso, otimizar é sempre bom.

Softwares disponíveis

No mundo em que vivemos, a tecnologia apoia as mais diferentes profissões, como a medicina, a administração, a agronomia, a engenharia, e com a arquitetura não seria diferente. Poder projetar uma estrutura na tela de seu computador é algo inimaginável até metade do século passado, quando já havia arquitetura havia séculos. Dado a complexidade do projeto executivo arquitetura, e a quantidade de responsabilidades que envolvem a entrega dele, é válido sempre utilizar o máximo possível de técnicas que garantam sua perfeita confecção.

Para isso, alguns programas, sofwares e programações podem ajudar muito. Uma tecnologia que vem sendo muito utilizada para fazer projetos executivos de arquitetura é a metodologia BIM. Ela é empregada por alguns programas, que são capazes de automatizar mudanças nas suas plantas. Por exemplo, se você faz a modificação de localização de uma tomada na planta elétrica, essa metodologia faz com que todo o projeto seja atualizado de acordo com ela. Assim, fios elétricos, e até a disposição de portas, cômodos, lâmpadas etc se modificando automaticamente.

BIM significa Building Information Modeling, e dentro dessa metodologia existem alguns softwares, que atuam em 2D e 3D. Os mais usados são o Revit, que pode ser otimizado pelo Dynamo, e o Dalux BIM Viewer.

Para além disso, existem sempre os programas tradicionais, que são importantíssimos para o arquiteto. Tecnologias como o AutoCad são necessárias e garantem a execução do projeto com mais precisão. E claro, é mais comum que os arquitetos saibam manusear esses programas tradicionais, pois são aprendidos na faculdade. Já outras tecnologias demandam especializações e cursos específicos. No entanto, o AutoCad não é voltado para modelagens 3D, sendo necessário uma complementação dele com o Sketchup.

Fale brevemente sobre seu projeto, e receba o contato de um arquiteto por Ligação ou WhatsApp

Responsabilidade técnica do projeto

Como o projeto executivo arquitetura é o material final, em que todos os construtores e engenheiros se basearão, é preciso considerar que muita coisa está em jogo. Por isso, é muito importante que o arquiteto seja capaz de se responsabilizar pela segurança da obra, pela viabilidade dela, pela assertividade das informações, pelos preços apontados, e pela legalidade dos direcionamentos escolhidos.

Apesar de ser assustador pensar nisso, é para isso que os arquitetos frequentam a faculdade e passam por tantas etapas antes de poder assinar um projeto executivo. Mas, mesmo assim, é necessário ter muita seriedade, compromisso e responsabilidade ao colocar um projeto executivo de arquitetura no papel, tendo em mente todas as coisas que estão em jogo.

É claro que o arquiteto pode contar com profissionais parceiros, com cursos de capacitação, e com todo o tempo que é necessário para realizar seu processo criativo com o máximo de qualidade possível. Existe, ainda, a possibilidade de pedir revisão para um outro colega de profissão, e de contar com a tecnologia como apoio.

Grupo Goakira e GDesign

Se você está procurando um profissional que seja capaz de fazer seu projeto executivo arquitetura, com o máximo de compreensão do seu plano, voltado para o comércio, varejo e franchising, o Grupo Goakira tem para te oferecer a GDesign.

Somos um conglomerado de empresas voltado para o atendimento completo das necessidades dos empreendedores, inclusive da arquitetura e construção de uma identidade visual. A GDesign atua com arquitetura comercial especializada em franquias e varejo. Temos também know-how em projeto conceito, branding, visual merchandising, comunicação visual do PDV, Projeto da unidade piloto e Projetos de replicação.

Aqui, contamos com profissionais e arquitetos capacitados para tornar realidade seu sonho de ponto comercial, e ainda para estudar todas as variáveis que dizem respeito à arquitetura do ambiente comercial. Temos o orgulho de dizer que somos capacitados para criar projetos executivos de arquitetura com excelência.

ENTRE EM CONTATO. Teremos o prazer de te enviar uma proposta.

Conclusão

Após concluir todas as etapas descritas neste artigo, você tem em suas mãos um ótimo projeto de arquitetura, pronto para ser colocado em prática.

É importante se lembrar de revisar os detalhes, e refazer seu checklist, para não deixar nada passar.

Agora, é a melhor parte: ver os sonhos de seu cliente se tornarem realidade, em uma obra do jeitinho que ele pensou, e de acordo com suas necessidades. E mais: muito do crédito disso, vai para o arquiteto!

É importante, ainda, que o profissional da arquitetura acompanhe o andamento da obra, para dizer se tudo está indo de acordo ou não, garantindo mais segurança à fidelidade ao projeto.

Mãos à obra!

Gostou do conteúdo? Nos siga nas redes sociais para acompanhar os próximos posts! Instagram, Facebook, Linkedin

Posts relacionados

Deixe um comentário