O branding é uma técnica de marketing de planejamento da marca. Antigamente, quando uma pessoa precisava, por exemplo, de um remédio, ela se dirigia à farmácia mais próxima, talvez a única da cidade. Da mesma forma, quando precisava comprar uma roupa, ia na loja que vendia aquele tipo de peça. Hoje em dia, isso não funciona mais.
Existem milhares de lojas e farmácias disponíveis para todas as pessoas por aí. Os shoppings vendem marcas importadas dos Estados Unidos e outros países, que estão em todos os lugares. As pessoas têm carro, e podem ir muito longe comprar o que querem.
Mas, além disso, tudo também está à distância de um clique, nas compras online.
Assim, as marcas precisam se destacar, e ter algo mais a oferecer que seu produto – afinal, elas não são mais as únicas a vendê-lo. É aí que surge o conceito de branding. Ele é uma técnica de marketing que abrange todas as áreas de planejamento de marca, criando uma nova forma de a empresa se relacionar com os clientes. São pensadas cores, sons, tons de voz, valores e até sensações que aquela marca deve passar.
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- Market Share: entenda tudo
Se você é um empreendedor, já deve ter percebido a necessidade de se estabelecer no mercado, por meio de uma identidade de marca. Mas se você ainda está pensando em empreender, seja no varejo, no franchising ou com prestação de serviços, é muito importante que você já crie sua marca pensando nisso. Afinal, o branding se faz necessário para todos os que querem empreender hoje em dia.
Quer entender tudo sobre isso? Nesse texto vamos te explicar como usar o branding na sua empresa.
O que é branding?
Branding, ou brand management é uma área do marketing e da gestão de empresas, muito necessária hoje em dia. A palavra branding vem do Inglês, brand, que quer dizer “marca”.
O significado de branding, então, é algo em torno de “marcar”, “fazer a sua marca”, “movimentá-la”. Essa área do marketing busca criar um valor para as empresas, tornando-as muito mais que só um produto, mas formando toda uma personalidade para elas, capaz de conversar com os clientes.
O objetivo do branding é fazer com que sua marca se destaque das outras no mercado, e que tenha valores o mais próximos possível daqueles também valorizados pelo seu público alvo.
Além disso, o branding objetiva fazer com que todos os seus clientes entendam seus valores, construir uma reputação consistente no imaginário social, e converter o máximo de clientes possível.
Você deve ter percebido que, para isso, é necessário um trabalho complexo e muito bem pensado. O branding exige pesquisas, estratégias e um planejamento detalhado das características do público e do mercado. Assim, pode-se compreender quais serão os melhores atributos para sua marca, e você poderá montar um perfil carismático e inteligente, capaz de alcançar seus objetivos. Lembre-se de que cores, sons, formas, slogans etc devem conversar entre si, e ser estratégicos.
Exemplos de marcas para se inspirar
Se você ainda não entendeu completamente o conceito de branding, alguns exemplos podem ajudar. Pense comigo sobre algumas marcas que são expoentes no mercado.
Em qual empresa você pensa quando vê a cor roxa? E em qual cor pensa quando ouve o nome da Coca-cola? Por que você deixaria de comprar um produto do O Boticário para comprar o mesmo produto na Natura? E por que você deixaria de comprar um celular da Samsung para comprar um Iphone? As respostas são, exatamente, as identidades das marcas, o que elas oferecem, criado através do branding.
Agora, tente descobrir de que marcas são os slogans abaixo:
- “Você na frente sempre”
- “A dor sumiu”
- “Te dá asas”
- “Desce redondo”
- “Porque se sujar faz bem”
- “Abra a felicidade”
- “Não te abandona”
Se você reconheceu, logo de cara, a Sky, Doril, Red Bull, Skol, Omo, Coca e Rexona, isso significa que o branding dessas marcas funcionou muito bem em você. Afinal, o que se pretende com a gestão da marca é que ela possa se tornar o mais próxima possível dos clientes, ocupando seu imaginário, suas emoções e empatia.
Assim, muito mais vendas são realizadas, quando estamos falando de uma marca de que pessoalmente gostamos. As conexões criadas pelo branding podem ser conscientes e inconscientes.
O slogan, assim como outras características, é muito importante para deixar clara a filosofia de uma marca. No caso da Sky, o objetivo é passar a sensação de modernidade, tecnologia e inovação, além de um certo privilégio de quem usa a antena. Doril trabalha a eficácia do medicamento, que age efetivamente e em um tempo curto. Já o Red Bull dá a ideia de que você pode superar os seus limites e fazer coisas incríveis. A Skol passa a ideia de uma cerveja agradável e cool. Por sua vez, a Omo busca valorizar as experiências humanas, o contato com a família e uma vida divertida, que não será impedida pelo medo de se sujar (já que o sabão estará à disposição). A Coca-cola apela para os bons momentos, sempre acompanhados pela bebida. E o Rexona trabalha o conceito de durabilidade e eficácia também.
Mas, afinal de contas, o que define uma marca?
De acordo com Seth Godin, autor de livros sobre marketing, uma marca é o conjunto de expectativas, memórias, histórias e relacionamentos que é responsável por fazer com que o consumidor escolha um produto ou serviço em vez de outro. Ou seja, a marca não é apenas o nome de uma empresa, mas ela é uma construção de características, a formação de uma personalidade para um negócio. Para isso, é necessário envolver vários aspectos.
Em geral, podemos dizer que criar uma marca deve ser um processo de máxima aproximação com um ser humano. Por exemplo, deve-se pensar nas características físicas da marca, como as cores, a logomarca, e também como os lugares presenciais vão se parecer. Há que se decidir se a marca terá uma pegada mais rústica, moderna, sofisticada, elegante ou ecológica. Mas também existem as características subjetivas de uma marca, como seus princípios e valores, o que ela defende, seu discurso ideológico, e também o público com que se relaciona. De forma geral, criar uma marca é como criar um filho.
Para completar, cada característica de uma marca pertence a ela, e não pode ser copiada por outra empresa. Isso é mais uma demonstração clara de como a marca é a criação de uma personalidade como um todo, e não apenas um nome. Por exemplo, nenhuma outra marca de celular pode usar o clássico “hello” do Motorolla. Da mesma forma, não se pode colocar um “oi” na tela assim que o celular é ligado, como é feito pela Apple. Isso tudo acontece porque fazem parte da construção da marca, e são coisas patenteadas. Também não se pode escrever o nome do cliente com uma carinha feliz no copo do café como faz o StarBucks.
Pontos importantes do branding
Defina seu propósito de marca
Propósito é o motivo da existência da sua empresa. O que motivou a criação dela? Qual problema poderia ser resolvido através dela? Essas perguntas podem motivar a descoberta do propósito de sua marca. Eles podem ser encontrados em sua fundação ou através de uma orientação dos atuais motivos da sua existência. É comum que esse propósito seja inclusive um slogan da marca, para sempre associar o nome da marca ao motivador de sua existência.
Ao ser motivado a criar uma empresa é comum que a ideia surja de um problema que o criador observou ou enfrentou e pensou que poderia obter para ele uma solução que não existe atualmente, ou então a melhoria de algum serviço ou produto já existente. Esse pensamento é especialmente mais comum entre empresas startups, sendo talvez o propósito aquilo que define empresas desse tipo.
Startups são empresas emergentes, com propostas diferentes de quaisquer outras existentes na atualidade que buscam resolver problemas de uma forma inovadora, no modo de trabalhar, produzir ou mesmo de resolver o problema ao qual se propõe. Muitas vezes criam novos segmentos sequer pensados por empresas tradicionais.
As novidades trazidas por essas empresas fazem com que seja um modelo de negócio de alto risco, que se bem sucedido, pode trazer resultados expressivos, mesmo com custo de produção e manutenção mais baixo que outras empresas. Essas empresas precisam, principalmente para sua sobrevivência, se ater ao seu propósito de marca. Os investidores e clientes colocam suas expectativas nas melhorias trazidas por essa nova forma de trabalhar.
Um exemplo disso são os bancos digitais, que surgiram com propósito de diminuir burocracias, facilitar a comunicação entre clientes e a instituição, através das tecnologias mais recentes disponíveis e também reduzir conflitos de interesses entre o banco e clientes. Caso esses fujam ao seu propósito, comecem a tornar a prestação de serviços mais cara e não ofereçam benefícios suficientes para os clientes, é provável que esses clientes voltarão aos bancos tradicionais, que possuem agências físicas onde problemas podem ser resolvidos e possuem grande segurança.
Até esse ponto, foi falado do propósito de marca descrito na origem de uma empresa. No entanto é possível que a sua empresa não tenha necessitado de um propósito em sua criação, mas apenas de um desejo particular do fundador, por exemplo. Nesse caso, é possível encontrar o atual propósito de existência dessa. Uma forma de realizar isso é descobrindo de funcionários e clientes os motivos que levam a sua conexão com essa marca, quais os benefícios essa traz à sociedade, ao seu redor ou mais distante.
Qual é a promessa da sua marca?
Enquanto o propósito é algo interno, um motivador, um problema a ser solucionado no segmento que a empresa estará inserida, a promessa é a forma como tudo isso poderá se tornar possível.
Tomemos como exemplo uma das empresas mais importantes do mundo, com expressividade inegável no segmento que se coloca, a Coca-Cola. Sua promessa não se prende ao produto principal, mas expande em algo muito mais amplo, inclusive com interpretação não objetiva. Uma das frases de sua missão diz: “Refrescar o mundo — em corpo, mente e espírito”. Percebemos aqui qual o propósito da empresa, associado à sua promessa. Seu propósito é refrescar o mundo, associado à promessa de fazê-lo “em corpo, mente e espírito”. É possível notar que a marca não se limita àquilo que primeiro a fez crescer, mas expande sua promessa a algo muito mais amplo, que mexe com a sensação de quem recebe a mensagem. Assim abre caminho a muitas outras possibilidades de produtos, em um portfólio que de fato não para de crescer.
Uma outra empresa que tem muito a ensinar sobre gerenciamento e marketing é esta que observaremos a seguir: “A missão do Google é organizar as informações do mundo e torná-las mundialmente acessíveis e úteis.” A empresa Google firmou seu nome de forma tão sólida que se transformou praticamente uma metonímia para uma empresa atrativa para funcionários, bem estabelecida no mercado e dominante no setor que se insere. Sua forma de disponibilizar informações, fez com que se tornasse além de capaz de cumprir com sua promessa, uma referência. Quem não diz ao se deparar com alguma dúvida, de qualquer tipo, uma frase como “olha isso no Google”? Isso demonstra um firme compromisso com seu propósito e com o cumprimento de sua promessa.
Os exemplos descritos diziam de grandes empresas, que se estabeleceram no mercado de forma hegemônica internacionalmente e podem parecer distantes da realidade de uma pequena loja, criada com um propósito menos ousado. Então vamos elaborar uma proposta para uma loja fictícia. Imaginemos uma empresa de maquiagens que busca vender pela internet e também em sua loja física, especialmente para as clientes em seu bairro. O propósito dessa empresa será: “Trazer mais brilho para os olhares”. A promessa de marca, por sua vez, será: “através de um atendimento personalizado e produtos de qualidade”. A primeira parte diz da motivação de criação da empresa, enquanto a segunda demonstra a forma como isso poderá ser feito. Toda a frase pode apresentar a missão da marca: “Trazer mais brilho para os olhares através de um atendimento personalizado e produtos de qualidade.”
Valores da marca
Os valores de uma marca são uma parte essencial da personalidade dela, e da criação de uma marca consistente, que seja capaz de atrair clientes e de se consolidar no mundo. São os valores que definirão os nichos que essa empresa mais se dedica a atrair, além de conseguir estabelecer uma imagem que ela vai passar para o mundo sobre si mesma. Basicamente, os valores são equivalentes ao posicionamento ideológico da marca. A partir deles, ela determina o que é importante para ela, o que vai defender diante do mundo, e quais as bandeiras que vai levar adiante.
De acordo com estudos de Harvard, mais de 60% das compras são relacionadas a uma identificação dos clientes com os valores defendidos por uma empresa. Os valores da marca são definidos geralmente por atitudes de integração dessas marcas a projetos filantrópicos ou políticos, ou a movimentos. Por exemplo, há marcas que lutam pelo fim da violência contra a mulher, como a Avon. Outras levantam a bandeira de “cruelty free” e criam produtos sem origem animal. ainda, há aquelas marcas que se associam a ONG’s de proteção de vulneráveis, e convertem dinheiro de campanhas em boas ações.
Todas essas atitudes são muito decisivas para o branding de uma empresa. Isso acontece porque os valores aproximam marcas de pessoas, e criam conexões entre aqueles grupos que se identificam com os princípios da marca. Inclusive, é possível que a população esteja mais disposta a comprar os seus produtos se eles tiverem uma associação com uma causa humanitária, já que esse tipo de iniciativa desperta a solidariedade das pessoas.
Nesses casos, pode ser que elas até se disponham a pagar mais por produtos que fazem bem para o planeta, para um grupo ou para uma pessoa. Por exemplo, há quem pague mais por roupas, acessórios e objetos feitos à mão, visando valorizar os pequenos empreendedores. Além disso, existem pessoas que preferem comprar alimentos de pequenos produtores, incentivando a agricultura familiar.
Atributos da marca
Associado aos temas falados anteriormente que formam aspectos importantes do processo de construção ou reconstrução de uma marca, estão os atributos da marca. Esses atributos são as características que sustentarão a marca, tornando-a firme e consolidada, além de fazê-la capaz de cumprir sempre seu propósito e promessas de forma constante e permanente.
Os atributos devem ser encontrados na estrutura da empresa, pilares sobre os quais esta será colocada. Podem representar aquilo que será buscado pela empresa no seu dia a dia, como “Segurança”. Podem dizer da forma como os processos serão conduzidos, por exemplo “Excelência”. Podem refletir os objetivos que a empresa tem a curto, médio ou longo prazos, como buscar o “Desenvolvimento sustentável”. Ou mesmo, podem estar relacionados à forma como se espera que os profissionais enxerguem o trabalho, por exemplo a “Paixão”. Esses são alguns exemplos de atributos que podem ser escolhidos por uma empresa. Mas é claro, essa lógica seria vazia se não surgisse da individualidade da empresa. Os atributos devem ser aqueles que, como dito no início deste capítulo, irão sustentar a estrutura da marca de modo a manterem-na adequada ao mercado.
Posicionamento de marca
O posicionamento de marca é um conceito muito confundido com o branding em si. Isso porque se posicionar no mercado é justamente a forma da marca de dizer ao mundo a que veio, e de se caracterizar por coisas que a definem.
No entanto, o conceito de branding é muito mais abrangente e integral, envolvendo questões imagéticas, subjetivas e até de gestão. Por isso, não confunda os dois.
É importante que, durante o próprio branding, uma marca se posicione de maneira clara, delimitando seu espaço e credibilidade no imaginário social da população. Por exemplo, uma marca como a Natura precisa mostrar que seu principal posicionamento é a preservação ambiental. Da mesma forma que a franquia Dogueria Perdizes tem o posicionamento de oferecer hot dogs diferenciados e com ingredientes especiais.
Esse tipo de posicionamento é importantíssimo para que as empresas se destaquem dentre as outras, e para que os clientes acabem notando-a e consumindo. Afinal, é preciso que a mensagem esteja muito clara, se não os consumidores podem não entender o conteúdo, e isso gera desconexão entre marca e clientes.
Trabalhe a identidade visual
A identidade visual de uma marca se trata de sua aparência, e de como o mundo irá vê-la e reconhecê-la. Pensar na imagem de uma marca não se trata apenas de deixá-la bonita ou interessante, nem apenas de atrair clientes. Mas quer dizer, sobretudo, sobre a capacidade de gerar estímulos visuais nos clientes, que sejam capazes de fazê-los se sentirem de maneira alinhada com os valores, atributos e personalidade como um todo da marca. São vários os fatores da identidade visual de uma marca, como as cores, tipografia, símbolos e slogans. Acompanhe cada um deles a seguir.
Cores
As cores têm um papel imprescindível na criação de uma identidade visual e de uma aparência para uma marca. A escolha inteligente de cores faz parte de um branding indispensável, que deve ser sempre levado em conta. É importante, no entanto, considerar a escolha estratégica de cores junto a um profissional do design, que possa orientar todo o processo com conhecimentos específicos.
É importante entender, sobre as cores, que cada uma tem um significado muito específico e determinado ao longo de séculos de sociedade e de marketing. Isso porque, ao longo de nossa vida, aprendemos a associar as cores das marcas a sensações, sabores, emoções e sentimentos. Assim, ao decidir integrar uma cor em uma marca, é necessário entender que toda essa bagagem que ela carrega será associada à empresa.
Então, saiba que se você escolher para a sua marca cores quentes, como o vermelho e o laranja, as pessoas identificarão uma dinamicidade, energia e juventude nela. Por outro lado, se você usar cores mais “clean”, como o verde e o azul, será transmitida uma sensação de organização, limpeza e saúde. Portanto, use com sabedoria cada cor. Além disso, é importante saber que as variações de tom de cara cor possuem significados diferentes também. Enquanto rosa pink pode significar diversão, um rosa seco é mais ligado à elegância.
Símbolos
Junto com a logomarca da sua empresa, que é sua assinatura e o que irá identificá-la em todos os lugares, geralmente é feito o uso de símbolos. Nem sempre os símbolos estão presentes na logo, mas podem e muitas vezes estão. Ainda que não seja esse o caso, muitos símbolos podem ser usados na identidade visual da sua empresa, como no site, em panfletos, na fachada e dentro do próprio ambiente físico. Mais uma vez, é sempre importante ser acompanhado por um profissional capacitado na hora de criar a identidade visual da sua marca, pois ela precisa ser permanente.
Primeiramente, os símbolos podem ser desenhos, números, traços, ilustrações e formas. Essas peças de design podem ser feitas ineditamente para sua empresa, ou podem ser conseguidas em bancos gratuitos de imagens e símbolos. De qualquer forma, os símbolos carregam muita significação para as marcas, pois podem expressar mensagens claras (ou escondidas) para os clientes e para o mundo. Os símbolos, geralmente, complementam a ideia da marca, e representam tudo o que ela é, trazendo uma mensagem a mais, que não pôde ser explicitada somente no nome.
De qualquer forma, o mais importante sobre um símbolo é que ele seja original, e que represente uma sacada diferente para aquela empresa. Afinal de contas, símbolos podem ser a imagem de uma marca para sempre, marcando totalmente o imaginário dos consumidores. Esse é o caso de várias empresas, dentre elas a Apple. A maçã mordida é um dos símbolos mais conhecidos em todo o mundo, e também um dos mais desejados. É extremamente raro encontrar uma pessoa que não saiba de que marca estamos falando quando vê a maçã mordida.
Da mesma forma, o Android, Windows, Adidas, WhatsApp, Instagram, Telegram, Puma, Olympikus, Google, Unilever, Pepsi, MasterCard, Dove, Starbucks, Globo, Banco do Brasil, Channel, Natura, Twitter e Honda possuem símbolos inconfundíveis, e que despertam toda uma bagagem automaticamente na cabeça dos clientes, como um gatilho. Ao ver os dois C’s, virados um para o outro da Chanel, as pessoas já se lembram de imediato de todo o luxo, exclusividade e imponência da marca.
Portanto, o mais importante a se considerar ao pensar num símbolo de uma marca é a sua capacidade de se tornar um marco histórico, que faz gerações se identificarem com aquela empresa ou produto. Como você deve ter percebido ao se lembrar de cada um dos símbolos das marcas acima, não é necessário que eles sejam exatamente uma releitura do nome, ou que tenha uma relação óbvia com ele. É, na verdade, bom que o símbolo traga uma informação a mais que o próprio nome da empresa, e que ele seja o mais inteligente possível.
Tipografia
Talvez uma coisa sobre a qual você nunca tenha pensado é sobre a tipografia a ser usada pela sua empresa. Se você não sabe nem o que é isso, tipografia é o tipo de escrita que você vai fazer, no que se refere ao design das palavras. Do grego, o termo reúne os fragmentos “typos”, que quer dizer forma e “graphein” – que quer dizer escrita. Assim, a tipografia se refere à escolha de um design para as palavras que converse com a sua marca.
Já existem tipografias prontas, como a Times New Roman, Arial, Calibri, Roboto e milhares de outras, dentre as quais estas são apenas as mais conhecidas. Mas o que isso tem a ver com o branding? – você pode se perguntar. O fato é que cada design passa uma sensação e uma mensagem, e isso acaba se tornando muito importante para a formação da personalidade da sua marca, em especial da sua aparência.
Existem as tipografias serifadas e não serifadas. A serifa é como um arremate em cada letra, um tracinho em cada ponta, que suaviza a escrita. Geralmente, a serifa é utilizada com o objetivo de tornar a leitura mais agradável e de formar uma continuidade entre as letras, puxando o leitor para cada nova palavra. Por isso, não é interessante utilizar serifas em títulos ou palavras em destaque, porque ela indica continuidade e não chama tanto a atenção em uma palavra sozinha. Além disso, as tipografias serifadas não são recomendadas em textos para a Internet. Isso porque a tela, por si só, já embaça um pouco a visão dos leitores, e a junção entre as palavras pode confundir ainda mais. Um exemplo de tipografia serifada é a Times New Roman.
Já as tipografias não serifadas permitem uma distinção melhor entre as palavras, e isso permite uma leitura mais fácil na internet, por exemplo. Um exemplo desse tipo de caligrafia é a Arial.
Além disso, existem tipografias de diversas formas, mais sérias, mais alegres, com efeito de máquina de escrever, que imitam a caligrafia feita à mão, mais finas e mais grossas, das mais diversas formas possíveis. É sempre possível, ainda, criar a sua própria tipografia com um profissional do design, e patenteá-la. Além do ponto de vista técnico de uma tipografia determinada, é preciso considerar os efeitos subjetivos que cada uma pode causar. As letras serifadas costumam passar um tom de seriedade e credibilidade, enquanto as tipografias que imitam a escrita à mão passam a ideia de intimidade e subjetividade. É importante distinguir qual é o efeito que sua marca quer provocar.
Um exemplo de ótimo uso da tipografia é a Coca-cola, que tem um tipo de escrita absolutamente único, que passa a ideia de dinamismo, jovialidade, mas também de proximidade. A Dove é outro exemplo, que tem sua logomarca em um design único, que transpassa beleza e leveza. Já o O Boticário tem uma tipografia arredondada, que passa a ideia de modernidade.
Slogan
Como já dissemos acima, o slogan diz muito sobre uma marca. O branding abarca esse conceito tão importante, que pode arrepiar seus clientes toda vez que ouvirem o slogan de sua marca. Essa peça de branding geralmente é usada quando o nome de uma marca não consegue passar, sozinho, toda a mensagem que ela contém, e que precisa ser compreendida logo de cara pelos clientes. É comum que os slogans soem como algo emocionante, bem pensado e marcante, uma forma de frase de efeito, uma sentença que sempre paira no ar.
Primeiramente, nem todos os slogan são iguais, ou têm a mesma função. Há slogans que acompanham uma marca durante toda a sua história, sendo como uma assinatura permanente. Outras empresas escolhem slogans específicos para cada campanha da marca, por exemplo, sendo como um filtro ou subtítulo para o que está por vir. Um exemplo de marca que muda de slogan é o O Boticário, e um exemplo permanente é a revista Piauí, que traz o slogan: “Para quem tem um parafuso a mais”.
Para criar um bom slogan, o primeiro a se considerar é o que é preciso que o público saiba logo de cara – clientes e não clientes. Pense em qual é a mensagem capaz de, ao mesmo tempo, gerar interesse de consumo, mas também de credibilizar, formar uma reputação da marca e consolidar sua imagem. Anote essas essas ideias que lhe vierem à cabeça, sempre com foco no que precisa chegar ao cliente. Depois de um brainstorm, deixe que a marca te diga qual é o slogan que mais tem a ver com a mensagem dela. Insights como esse não costumam vir de forma forçada, mas é necessário dormir em cima do questionamento para ter a ideia perfeita. Se, de toda forma, ela não vier, é sempre válido entrar em contato com profissionais capacitados.
Tom e voz
Se sua marca for fazer campanhas publicitárias em vídeo ou em áudio, uma coisa a se pensar, ainda na etapa de desenvolvimento do branding, são os sons que estarão atrelados à ela.
Outra situação que exige planejamento de tom e de voz é a produção de conteúdo em áudio, como é o caso dos podcasts e das empresas que trabalham com isso. Além disso, as campanhas publicitárias em rádio também exigem essa parte do branding.
A voz é uma das coisas mais íntimas que temos, e é muito fácil nos identificarmos ou nos apegarmos a uma determinada voz. Isso fica claro quando acompanhamos um podcast ou programa de rádio e muda o apresentador, por exemplo. Portanto, é muito importante que os sons da sua marca sejam muito bem pensados.
Por exemplo, qual é a voz da Siri, assistente virtual da Apple? Ela é uma voz doce, feminina, mas moderna. A voz da sua empresa será feminina ou masculina? Dinâmica, carinhosa, moderna, descolada ou firme? Sabe aquelas vozes de radialistas, que são usadas em homenagens em carros de sons e em vídeos emocionantes da Internet? Você irá utilizar uma daquelas?
Lembre-se de que sons são uma das coisas mais sensíveis, e que causam sensações e sentimentos mais intensamente no cérebro humano. Por isso, é importante fazer escolhas mais conscientes quando o assunto são as vozes que farão parte de sua identidade visual. Vale lembrar que trocar essa voz é sempre algo que é melhor ser evitado, pois os clientes acabam se conectando a ela.
Canais
Depois de escolher algumas questões sobre a identidade visual de uma marca, em seu processo de branding, uma etapa muito importante entra em jogo: a escolha estratégica dos canais em que a marca estará presente. Esses canais são formas de comunicação da sua marca, contanto estratégias, divulgando suas campanhas publicitárias e levando sua marca para fora.
Mas os canais são muitos e cabe a você escolher quais irá usar. As redes sociais são uma ótima opção, mas atendem geralmente às necessidades do público mais jovem. Se sua empresa já atende idosos, é interessante que seus canais sejam outros, mais acessados por eles, como a TV e o Rádio.
Outros canais também são as próprias lojas físicas, panfleteiros na cidade, cartazes etc. A escolha sobre os canais de informação da marca é muito importante para nichar os tipos de clientes que têm a ver com o propósito da marca.
Conteúdo
Agora que você já pensou em absolutamente tudo que a sua marca tem para definir sua forma de se apresentar para o mundo, é importante começar a pensar no que apresentar. Afinal de contas, nenhuma empresa vive só de publicidade nem só de marketing, e é importante que você ofereça algo a mais, que faça seus clientes quererem ficar na sua loja, ou site, ou rede social.
Existem vários tipos de conteúdo e você terá que adequar o que ler aqui para a realidade da sua empresa. De maneira geral, existem dois tipos de conteúdo: aquele que caracteriza sua empresa por excelência, como aquilo que ela tem a oferecer: seja produtos, serviços ou até mesmo informação, é necessário que você mantenha a qualidade desse conteúdo,para que sua empresa dê certo.
Mas, mais que isso, e mais conectado com o que temos falado aqui, existe o marketing de conteúdo. Esse tipo de publicidade geralmente é feito por meio de posts em blogs, nas redes sociais, e-books, podcasts e produtos da mídia em geral. Assim, uma empresa age como um veículo de comunicação, que produz e divulga conteúdo informativo sobre um determinado assunto que tem a ver com os propósitos da marca, e que sejam de interesse público.
Por meio desse conteúdo, conquista-se visualizadores, seguidores e pessoas fiéis ao consumo das mídias, o que faz com que eles estejam em contato constante com a empresa, que pode eventualmente apresentar a ele seus produtos e serviços. Com isso, acaba que os antigos anúncios em jornais, revistas e na TV acabam se tornando quase dispensáveis, pois cada marca tem o seu próprio canal de comunicação livre com a quantidade de pessoas ilimitada, e geralmente gratuita.
Dica de ouro: como potencializar seu negócio
Se você está planejando ter sua franquia barata e lucrativa, precisa planejar os meios de garantir o sucesso do negócio com um alto faturamento. Para isso, existe o marketing digital.
O marketing digital realiza ações de comunicação estratégicas em meios digitais como a internet, para divulgar e comercializar seus produtos ou serviços de uma empresa e, consequentemente, conquistar novos clientes, potencializar resultados e aumentar o faturamento do negócio.
Alguns serviços que o marketing digital realiza, são:
- Geração paga de leads;
- Otimização de SEO;
- Análise em Web Analytics;
- Criação de logotipo com manual de aplicação;
- Criação de apresentação comercial.
Definir o público-alvo
A verdade é que tudo o que você leu até aqui não é nada funcional se você criar uma marca para abranger a todo mundo. Um ponto crucial é ter um público-alvo muito bem definido, de forma que seja possível que a empresa direcione suas estratégias para aquilo que é cativante para esse grupo.
O público-alvo dirá se a marca precisa ser dinâmica, jovem, ou tradicional e clássica. Se você estiver trabalhando para alcançar pessoas do ensino fundamental, é importante que a criação da marca seja totalmente diferente do que um possível alcance de pessoas da terceira idade. Dentro disso, cores, formas, sons, e tantos outros fatores são afetados.
Mas não pense que isso é a primeira coisa que você deve fazer, porque a sua ideia de marca tem uma tendência a pertencer a um certo público-alvo. Por exemplo, se você está lendo esse texto significa que provavelmente você é brsileiro; assim, se você está criando uma empresa, geralmente ela irá se restringir a pessoas que moram no Brasil.
Para definir seu público-alvo, levante questoes como: qual sexo, idade, localização, gostos, preerências, orientação sexual, ideologia política, e outras características úteis para a criação de um plano estratégico consistente e embasado nele. Afinal, essas características mudam totalmente o tipo de conteúdo que atrai e agrada essas pessoas.
Marketing interno
Por último, mas não menos importante, uma parte que também deve ser pensada pelo branding é o fortalecimento da empresa dentro dela mesma. É fundamental que os funcionários da sua marca acreditem nela, vistam a camisa, e de fato compreendam quais são cada um dos fatores que dizem respeito à personalidade da empresa. É preciso que, cada vez que um cliente entrar em uma loja, ele veja toda a filosofia da marca representada pelos funcionários.
Se um cliente entra em uma loja de tecnologia, que acredita no potencial de transformação do mundo por meio das inovações, os funcionários precisam ser antenados, dinâmicos e espertos. Da mesma forma, se estamos falando de uma empresa que vende produtos artesanais para mulheres, espera-se que quem trabalha lá tenha um tom intimista, empático e acredite no empoderamento feminino. Finalmente, se o caso é sobre uma empresa de prestadores de serviços de investigação particular, é preciso que cada funcionário seja extremamente ético e discreto no que fizer.
Assim, torna- se fundamental fazer um marketing interno dentro de cada empresa, voltado para os funcionários de todos os setores, os administradores, chefes, e também empregados dos mais diversos níveis. Isso pode acontecer por meio de palestras internas e regulares, com os criadores da marca, para expor os princípios, valores, e principais pontos da empresa. Além disso, antes de iniciar o tempo de trabalho, os funcionários recém contratados devem sempre passar por um treinamento capaz de integrá-los na dinâmica daquele negócio. Isso é necessário porque os funcionários também fazem parte da marca.
Você já parou para pensar sobre as modelos da Victoria’s Secrets? As Angels são absolutamente parte da marca. Elas são sempre bonitas, imponentes, desejadas e altivas, mostrando uma confiança e sensualidade que dizem tudo sobre a marca. Mas não são só marcas de luxo que têm esse tipo de sistema. Realidades bem mais próximas também têm uma integração entre funcionários e marca. Pense, por exemplo, nos funcionários do Mc Donald’s: eles devem ser capazes de produzir sanduíches com muita rapidez, de forma que eles fiquem bonitos e sempre padronizados. Os funcionários do Starbucks devem ser, por sua vez, simpáticos e acolhedores.
Como uma boa estratégia de branding pode fazer minha empresa crescer?
O Branding tem várias funções e é muito importante hoje em dia. Em meio a uma concorrência tão intensa, as empresas deixam de ser conhecidas apenas pelos seus produtos ou serviços, e passam a ser enxergadas como pessoas: com valores, características físicas e subjetivas.
Assim, o branding faz com que relações e conexões profundas se estabeleçam entre empresa e cliente.
Gera reconhecimento
O primeiro grande ponto acerca do branding é a sua capacidade de fazer com que as características de uma marca sejam reconhecidas por todos, e que a memória dela seja retomada a cada vez que uma pessoa vê um símbolo, cor, tipografia e outras características típicas.
Portanto, o branding gera gatilhos mentais nos clientes, fazendo com que haja uma rememoração automática da existência das marcas, aumentando o desejo de compra. Além disso, as empresas se tornam cada vez mais consolidadas, respeitadas e longínquas por meio da gestão de marca.
Aumenta o valor da empresa
O branding também traz dinheiro de forma direta para uma empresa. Primeiro que uma marca devidamente conhecida e estabelecida atrai investidores, que estarão dispostos a apostar em seu crescimento e potencial. Assim, o capital da marca cresce cada vez mais, fazendo com que suas ações subam, e que ela se torne cada dia mais valiosa.
De outro lado, o branding faz com que os clientes estejam dispostos a realmente pagar mais caro por produtos e serviços, já que estão conectados à empresa e que reconhecem seus valores, posicionamentos e boas ações.
Atrai clientes
Por último, um benefício evidente do branding é a sua capacidade de atrair clientes para uma empresa. As pessoas vêem porquê comprar naquela loja ou consumir daquele negócio. As características de marca fazem com que a personalidade conquiste, e não apenas a funcionalidade objetiva do empreendimento.
Conclusão
Como falamos diversas vezes, os profissionais do design são muito indicados na hora de criar a identidade visual, que faz parte do branding de uma marca. Se você ainda precisa dos serviços desse profissional e não sabe onde achar, a Goakira pode te ajudar.
Somos um conglomerado de empresas especializado em impulsionar negócios do franchising e do varejo, e oferecemos serviços completos de marketing. Entre em contato e teremos o prazer de te enviar uma proposta. Gostou do conteúdo? Nos acompanhe nas redes sociais para não perder os próximos! Instagram, Facebook, Linkedin