Tornar uma franquia: como franquear minha empresa? Saiba tudo aqui

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É empresário e já se perguntou como franquear minha empresa? Você sabe como seu negócio pode se tornar uma franquia?

Uma das formas mais lucrativas de crescer negócios é fazendo a expansão por meio de franchising, ou seja, criar uma franquia. Assim, quando uma marca se torna uma franquia, ela cresce com capital de terceiros e atinge novos horizontes bem rápido. Mas, afinal, como franquear minha empresa? Você sabe como criar um projeto de franquia da melhor forma possível?

Por isso, pensando em te ajudar a expandir sua empresa, vamos te explicar alguns conceitos básicos e te mostrar um passo a passo simples de apenas 5 etapas para você saber como como franquear minha empresa, como seu negócio pode se tornar uma franquia. Então, boa leitura!

pessoas fechando negócio, dando as mãos como franquear minha empresa

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O que é uma franquia? E como se tornar uma franquia?

Se você está se perguntando como se tornar uma franquia, primeiro vamos tirar as dúvidas sobre o que é franquia. Basicamente, a franquia é um modelo de negócio de sucesso replicável. Isso significa que a empresa já tem experiência e bons resultados no segmento em que atua e, por isso, pode ensinar outros empreendedores a conquistar os mesmos resultados, vendendo o direito de uso da imagem da marca e todo o expertise necessário para tocar a operação.

Contudo, diferentemente do licenciamento, o franchising conta com sistema de legislação próprio e precisa manter a padronização para funcionar. Nesse sentido, franqueadores e franqueados têm direitos e deveres, que devem ser cumpridos para criar a base da relação das franquias: um sistema de ganha-ganha.

Nesse sentido, a lei N° 8.955 rege o sistema de franquias (Lei de franquia). Ela está em vigor no país desde 1994 e garante maior estabilidade e proteção para todos os envolvidos no negócio.

Quais são as diferenças entre franquia ou filial?

Existem diferenças relacionadas a políticas e, também, na quantidade de investimento das franquias e as filiais. Ambos modelos de negócio contam com suas especificidades próprias, que são importantes a considerar na hora de realizar um empreendimento.

Franquia

O franchising é o modelo em que o franqueador (proprietário da marca) vende seus direitos de uso e de marca para os franqueados (outros empreendedores que fazem o investimento). Nesse sentido, podemos citar como exemplo as franquias de sucesso McDonald’s, Burger King, Subway, O Boticário.

Conheça franquias de sucesso:

Assim, por um lado, o franqueado precisa respeitar os padrões e as políticas da marca. Nesse sentido, ao se tornar uma franquia ele segue, por exemplo, o formato, a linguagem definida, as cores, entre outros fatores do negócio.

Por outro lado, a responsabilidade do franqueador é oferecer ao franqueado orientações, suporte, treinamentos sobre os processos da marca, entre outros. Dessa forma, o padrão e qualidade da marca são mantidos.

O investimento realizado pelo empreendedor também é uma grande diferença. Assim, a aplicação de verba, no caso das franquias, é feita por terceiros- aqueles que se tornam franqueados do negócio.

Filial

A filial se diferencia da franquia pois ela, por outro lado, é definida como uma nova unidade de uma empresa. Assim, corresponde também aos padrões e políticas da matriz, que ´é a sede original.

Dessa forma, geralmente ela é escolhida por empresas internacionais quando decidem unidades em países diferentes.

Nesse sentido, fatores como balanço financeiro, prejuízos e lucros fazem parte da responsabilidade da marca e dessa separação. Além disso, como o direito de uso não é cedido a terceiros, os gastos de expansão ficam como responsabilidade da empresa. Dessa forma, enquanto a filial é um negócio dependente, a franquia não.

Franquias em números

Atualmente, existem mais de 3 mil marcas que operam no modelo de franquias no Brasil. Pense em uma marca que você já viu não apenas em um, mas em vários shoppings diferentes e em outros centros comerciais. E não necessariamente shoppings da mesma região e cidade, mas em diferentes estados (até mesmo países!). Isso é o modelo franchising!

Contudo, ao contrário do que muitos pensam, nem toda franquia de sucesso é necessariamente uma marca grande e nacionalmente conhecida. Afinal, não são raros os casos de em que microfranquias e nano franquias conquistam seu espaço entre franqueados e clientes finais.

Ainda, hoje a ABF (Associação Brasileira de Franchising) distingue o modelo de franquias em 11 segmentos:

Alimentação;
Saúde, Beleza e Bem-Estar;
Casa e Construção;
Entretenimento e Lazer;
Comunicação, Informática e Eletrônicos;
Hotelaria e Turismo;
Moda;
Limpeza e Conservação;
Segmento de serviços Automotivos;
Serviços Educacionais;
Serviços e Outros Negócios;

Quais são as vantagens de se tornar franquia?

Antes de você entender sobre a formatação de franquias, é importante entender as vantagens desse modelo de negócio e de se tornar uma franquia. Ao decidir entre franquia ou filial, franquear um negócio sai na frente principalmente pelo aspecto financeiro. Além da expansão ser feita com o investimento de terceiros, possíveis prejuízos não são de sua responsabilidade direta, já que recebe royalties.

A primeira grande vantagem da formatação de franquias é a expansão com capital de terceiros, porque quem investe é o franqueado e não o franqueador. O franchising também te permite crescer de forma estruturada e planejada, pois o franqueado não é um funcionário, mas precisa seguir todas as regras do COF (você vai entender o que é esse documento, daqui a pouco!) como se fosse.

Crescimento rápido

A expansão de uma marca é consideravelmente mais rápida ao montar uma franquia do que de uma filial, porque parte de modelos prontos que os franqueados precisam seguir.

Além disso, os franqueadores podem ter o apoio de consultorias especializadas nesse segmento para estudar e buscar por melhores estratégias de ampliação do negócio, o que é bom para ambas as partes pois permite uma melhor visão empreendedora.

Padronização alta

Se você se pergunta como franquear minha empresa, a padronização é um dos elementos principais a pensar. Como as franquias precisam respeitar padrões de qualidade e políticas da marca bem definidas, seguir essas regras é mais simples e fácil do que iniciar um processo de estruturação do zero, como acontece nas filiais.

Isso atrai empreendedores interessados em investir em marcas já consolidadas no mercado, pois os métodos já foram testados e as estruturas já foram desenvolvidas.

Menos riscos trabalhistas

Levando em consideração que cada unidade/franqueado é uma empresa autônoma e independente do franqueador, os problemas e gastos trabalhistas são inexistentes. Por não haver vínculo com o dono da marca, são de responsabilidade dos franqueados:

o pagamento de funcionários;
a prestação de informações fiscais;
a contribuição com a Previdência Social;
as demais obrigações sobre os colaboradores que atuam na unidade

Este ponto é um forte atrativo que, muitas vezes, leva o empreendedor a criar uma franquia.

Ou seja, a isenção de responsabilidade trabalhista é uma vantagem porque a franqueadora não se envolve neste quesito – o único responsável pelos funcionários da unidade franqueada é o próprio franqueado.

Saiba como fazer seu negócio tornar uma franquia como franquear minha empresa

As facilidades tributárias ajudam muito nos ganhos, pois na maioria dos casos, é possível se enquadrar no sistema simples federal, o que diminui os impostos – a redução vai desde os impostos sob as vendas até os custos trabalhistas.

Ainda, como o franqueado investe o próprio dinheiro e fica à frente da operação, além de tomar conta de tudo, ele tende a ser muito mais cuidadoso, dedicado e determinado a fazer a unidade prosperar. Dessa forma, diferentemente de modelos tradicionais, em que um gerente ou coordenador tocam operações, o franqueado e a franqueadora coexistem em um sistema de ganhos em conjunto. Por isso, quanto mais o franqueado crescer, mais a marca franqueadora cresce.

Mais simplicidade jurídica: lei das franquias

Para quem busca se tornar uma franquia, a parte jurídica do negócio é muito importante entender. A franquia também ganha no quesito jurídico quando comparada à filial. O sistema de franquias conta com uma legislação bem madura e clara sobre as responsabilidades de franqueado e franqueador.

Essa definição de direitos e deveres tem a ver com a ausência de vínculos empregatícios ou fiscais entre a marca e as unidades franqueadas.

Além da questão legislativa, os contratos de franquia esclarecem as responsabilidades, os valores e o cumprimento dos padrões do negócio.

Portanto, caso surja algum problema em relação a isso, você estará resguardado pelo documento. Sendo assim, é de extrema importância buscar ler e entender a Lei n° 13966/19, mais conhecida como Lei das Franquias.

Trata-se de uma norma que estabelece as principais regras para o contrato de adesão e instalação de novas unidades de uma marca. Nela, você entenderá todas as informações que precisa prestar ao franqueado, as obrigações, os riscos e a transmissão do know-how para a adequação e os treinamentos sobre os padrões e normas da marca.

Outro documento fundamental para ler antes e depois de investir em uma franquia é o Circular de Oferta de Franquia (COF), documento desenvolvido pelo franqueador e que apresenta as condições gerais do negócio.

Como franquear minha empresa? Entenda melhor sobre a nova Lei de Franquias, COF e know-how

como franquear minha empresa: tenha Know-how

Primeiramente, para fazer seu negócio se tornar uma franquia, o Know-how faz parte do processo. Ele é uma expressão em inglês que, em tradução literal, significa “saber como”. No universo corporativo, esse termo é usado para se referir a todo um conjunto de conhecimentos práticos e técnicos referentes a uma determinada atividade, como fórmulas, tecnologias, procedimentos, entre outros.

O know-how consiste em um termo em inglês que significa “saber como”. Porém, sua dimensão é bem maior, já que implica em um conhecimento alcançado por meio da experiência.

No universo da franquias de sucesso, o termo não deixa de ser diferente. Ao se tornar uma franquia, as redes, as marcas, necessitam desenvolver um conhecimento para transmitir para o franqueado, ou seja, para o investidor que está operando o negócio. Mas como desenvolver um know-how de franquias?

Assim, a maior expectativa do franqueador é receber boas dicas do franqueador. Por exemplo, conhecimento de operação, gestão, conhecimento de marketing e vendas. Assim, tudo que o investidor precisa saber para ter sucesso no empreendimento e aumentar seus lucros. Por isso, se você é empresário e está querendo saber como franquear minha empresa, precisa primeiro ter know-how do negócio.

Logo, isso tudo está ligado ao know-how das franquias. Continue a leitura e saiba como desenvolver o know-how de franquias!

Fatores imprescindíveis para desenvolver o know-how para se tornar franquia

Está se perguntando como se tornar uma franquia e desenvolver know-how? Há 4 valores que têm relação fundamental ao conceito de know-how e são de extrema importância para que seja desenvolvido da maneira correta. Acompanhe-os a seguir:

Conhecimento teórico: um dos pilares do seu know-how será toda a teoria aprendida nas instituições de ensino que você já frequentou. Ou seja, todo o seu conhecimento adquirido em escola, faculdade, cursos, etc.;
Conhecimento prático: tudo aquilo que você desenvolveu na prática, toda a sua vivência profissional e experiência nas funções que já fez;
Aptidão: o que você tem para desempenhar uma determinada atividade com a eficiência que ela demanda. Essa é uma característica que varia de pessoa para pessoa;
Ação: a mais importante; o agir. Quando você já obteve o conhecimento da teoria, já fez uso da prática e reconhece que tem a aptidão necessária, é hora de arregaçar as mangas e colocar a mão na massa para demonstrar com atitudes o que você é capaz de fazer bem.

Qual a importância de know-how para as empresas?

Agora que você já sabe do que se trata o Know-how, é importante saber a sua relação das empresas presentes em um mercado cada dia mais disputado.

Desse modo, apesar da boa estrutura ajudar para o sucesso de uma organização, o que faz toda a diferença mesmo o know-How. No campo organizacional, podemos tomar o conceito como o capital intelectual, que abrange o conhecimento coletivo e as habilidades criativas.

Nesse sentido, o know-how ajuda as instituições a produzirem novas maneiras de atuar, permitindo-as, assim, que criem soluções aos clientes, bem como se adaptem ao mercado.

Como desenvolver o Know-how antes de replicar o negócio?

É possível desenvolver o Know-how antes de se tornar uma franquia. Para que essa ação ocorra, primeiramente, é preciso fazer o negócio acontecer.

Em seguida, é necessário testar várias situações. Ele deve prever que, em alguns momentos, pode ser que o franqueado não esteja muito confortável. Diante dessa situação, é necessário realizar os questionamentos:

É possível aumentar as vendas?
Como motivar, gerenciar e reter talentos dentro do negócio?
Consigo fazer recrutamentos?
Como implantar uma unidade de maneira rápida e com o custo reduzido?
que indicador usar para monitorar os processos e gerenciar?
o que fazer se o indicador não atingir a meta pretendida?
como estabelecer uma meta?

Sendo assim, é importante anotar as ações que você fez e que deu certo. Isso porque, quando o seu negócio crescer e, então, expandir a sua empresa, ficará mais fácil fornecer suporte para os franqueados.

Como franquear minha empresa: Lei de franquias

É claro que, no processo de fazer seu negócio tornar uma franquia, você utiliza a lei de franquias. A Lei de Franquias define que tipo de relação será estabelecida entre franqueador e franqueado. Afinal, o setor de franchising é um dos que mais crescem no Brasil e precisa ser regulaentado.

Só no ano passado, as redes de franquias faturaram 185 bilhões de reais no país, de acordo com dados divulgados no mês passado (02/2022) pela ABF Franchising. O setor cresceu em todas as áreas, em relação ao ano anterior, e abriu mais de 14 mil novas unidades franqueadas ao longo do território brasileiro. As previsões da ABF para o ano de 2022 são de ainda mais crescimento.

Desde o surgimento do modelo de negócios de franchising no Brasil, na década de 1960, o setor só cresceu no país, e também no mundo. Estamos cercados de franquias de sucesso por todos os lados. Elas são aquelas lojas que encontramos, da mesma marca, em vários lugares, cidades diferentes, e até estados. Os shoppings, por exemplo, estão cheios delas. Cacau Show, Havaianas, McDonald’s, Burger King, OBoticário, Hinode, Subway, MaryKay são apenas alguns exemplos de franquias de sucesso.

Diante desse crescimento do modelo de franchising no Brasil, passou a ser necessário, muitos anos atrás, a criação de formas de regulamentar esse tipo de comércio. A principal forma de se realizar isso, é a Lei de Franquias. É ela que define que tipo de relação será estabelecida entre franqueador e franqueado. Assim, trabalha as taxas, os contratos, e tudo o que é negociado dentro do franchising.

Necessidade de alterações

De lá pra cá, o mercado de franquias cresceu muito no Brasil. Assim, cada vez mais foram criadas franquias brasileiras, que foram abertas em outros países. Além disso, com a Internet e das novas tecnologias digitais, a Lei de Franquias passou a precisar de alterações. Isso porque não se adaptava mais à realidade das novas franquias.

Assim, em 2019, o presidente da República, Jair Bolsonaro, outorgou uma nova Lei de Franquias, a LEI Nº 13.966, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2019, que, no entanto, só passou a funcionar em março de 2020, dois anos atrás. Esse lançamento da nova lei fez com que a maioria dos donos de franquias tivessem apenas três meses para rever toda a sua documentação. Também, boa parte dos contratos que foram feitos com franqueados.

A lei de 1994

A Lei de Franquias, criada em 1994, se estabeleceu no Brasil em um período de tranquilidade econômica, no governo do então presidente Itamar Franco. Essa estabilidade se deveu ao Real, que zerou a inflação brasileira, fazendo com que o mercado fosse muito favorável. O franchising, como dito acima, estava em pleno crescimento nessa época, e já era popular em lojas de shoppings centers, e em todo o Brasil.

Dessa forma, com a criação da Lei, cresceu mais, porque os empresários se sentiram cada vez mais seguros para lidar com o sistema de franquia, em vez de outros formatos de negócios. É preciso considerar, também, que o franchising oferece uma grande vantagem em relação ao modelo tradicional de comércio, já que uma menor quantidade de empresas franqueadoras e franqueadas fecham no primeiro ano de existência, se comparada à taxa do mercado convenciona

A lei de franquias de Itamar Franco foi inspirada na legislação norte-americana, que já existia há muito tempo. Na época, os Estados Unidos eram o modelo de mercado de franchising e para quem desejava se tornar uma franquia no Brasil.

A lei de franquias brasileira, então, fez com que o franchising se tornasse mais regulamentado, organizado, e que tivesse uma oficialidade no país. Agora, aquele modelo de negócio não era mais diferente, nem novo, mas era apenas um modelo de negócios autorizado, organizado, e protegido pela Lei.

O que diz a nova Lei de Franquias?

A nova lei de franquias, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no dia 26 de dezembro de 2019, sob o número 13.966, revoga a lei que deu início à legislação de Franchising no Brasil, de 15 de dezembro de 1994, nº 8.955. De forma geral, vem para melhorar o detalhamento da lei, implementar algumas mudanças originadas por jurisprudência, e traz benefícios principalmente para franqueados.

É importante ressaltar que a ABF franchising esteve presente colaborando com toda a elaboração da nova lei de franquia. Agora que sabemos de onde ela vem, vamos entender o que essa lei diz e quais informações você deve saber se pretende abrir uma franquia, ou se tornar um franqueador.

Ela dispõe sobre as relações entre franqueador e franqueado. O franqueador, por meio de um contrato com o franqueado, autoriza a utilização de sua marca e outras propriedades intelectuais. Também, a distribuição de produtos ou serviços, de forma exclusiva, ou não. Ainda, podem ser utilizados, a depender do contrato firmado, métodos, sistemas de implantação e administração.

Retribuição financeira

Também fica estabelecido como se dará a retribuição financeira para essa utilização, e se essa será direta ou indireta. No entanto, não existe entre as partes relação de consumo ou vínculo empregatício, mesmo durante treinamentos.

Ainda no Art. 1º, a lei traz a obrigatoriedade de o franqueador ter pleno direito sobre todos os objetos ou marcas negociados, seja por titularidade ou autorização expressa do titular. E também, diz da possibilidade que a franquia seja feita, além de empresas privadas, também para empresas estatais ou entidades sem fins lucrativos, para qualquer segmento.

O artigo 2º detalha o que o é necessário para publicação da Circular de Oferta de Franquias (COF), que será detalhada mais à frente neste artigo. Por ser o documento mais importante relacionado ao franqueamento, a Lei de Franquias discorre amplamente sobre tal.

O terceiro artigo da Lei de Franquias, trata de algo comum, principalmente em franquias de grandes empresas, que é a sublocação do local de instalação do ponto comercial, ora alugado ou propriedade do franqueador, ao franqueado. Os artigos 4 em diante, tratam de assuntos pertinentes à leis de acordo mútuo.

Outro ponto interessante que a nova Lei de Franquias traz de inovação, é a permissão expressa para que empresas estatais adotem o sistema de franquias, como as Agências dos Correios brasileiras.

Como franquear minha empresa: O que é a Circular de Oferta de Franquia?

De maneira resumida, a COF é um documento elaborado pelo franqueador que deve constar todas as condições importantes ao negócio. Por exemplo, as obrigações e direitos dos fraqueados interessados em abrir uma unidade. Também, precisa da descrição de aspectos legais e financeiros do funcionamento.

O empresário deve apresentar a COF antes da aquisição da franquia e assinatura definitiva do contrato. É obrigatório elaborar e apresentá-la, e ela está prevista na chamada Lei de Franquia, de 1994. Assim, a lei deu estabilidade jurídica para esse formato de negócio. Em dezembro de 2019, a lei mudou, deixando mais transparência entre as partes.

Consultoria de confiança como franquear minha empresa

Qual a importância desse documento?

Então, com as informações da COF em mãos, o interessado em investir tem uma base melhor para decidir se quer fazer o negócio. Assim, sabe se cabe dentro do bolso e quais serão as suas obrigações. Logo, o conteúdo do documento é importante para que o franqueador tome a decisão consciência.

Além disso, a COF é algo jurídico e será usado se as partes entrarem em desacordo. Dessa forma, o franqueado pode usá-la tanto para provar que não teve acesso à informações. Também o contrário, o franqueador pode mostrar que os detalhes foram ditos.

A COF é tão importante que é exigida até mesmo na compra de uma segunda unidade da mesma empresa

Passo a Passo – como franquear minha empresa?

1. Análise de viabilidade de franquia

Como franquear minha empresa? Antes de mais nada, é importante entender se o negócio está no momento certo para se tornar uma franquia ou não. Assim, para checar qual é a real situação da empresa, é feita uma análise de viabilidade de franquias, que verifica diversos fatores, como:

faturamento;
lucratividade;
processos internos;
tempo de experiência no mercado;
parte legal e burocrática;
parte tributária.

Apesar de muitas pessoas pensarem que seu negócio já está no ponto em que pode se transformar em franquia, é preciso ter certeza de que isso é um fato, porque o franqueado precisa perceber todo o valor que a marca tem e pode transferir a ele. Para que isso aconteça, toda a parte estrutural precisa estar em ordem. Por isso, lembre-se: o franqueado antes de qualquer coisa é um empreendedor-investidor!

Dica Goakira: se seu negócio está com problemas financeiros e administrativos, é melhor investir em um programa de mentoria e consultoria estratégica antes de expandir para franquias. Não pense que franquear seu negócio vai salvá-lo dos problemas, pois tomar essa decisão te levará justamente ao contrário – você terá que cuidar dos problemas da sua empresa e ainda dar suporte aos franqueados, ou seja, vai se sobrecarregar.

2. Pré-formatação para se tornar franquia:

Agora, é a hora de começar a estruturar a marca, para que ela se torne uma franquia lucrativa e excelente.

Nesta etapa de como franquear minha empresa, é organizada toda a parte jurídica e estrutural da empresa, garantindo que tudo esteja de acordo com as exigências do mercado. Além disso, também é desenvolvido o conceito da marca, que será replicado em todas as unidades e em tudo que envolver a comunicação e o marketing dela no futuro.

Por fim, você deve entender quais são os diferenciais competitivos e como usá-los a seu favor. Dessa forma se, aparentemente, não houver nenhum, é possível explorar alguns pontos favoráveis para torná-los diferenciais com o auxílio de uma boa equipe de marketing.

Ademais, estude o mercado atual do seu segmento a partir da realidade da sua empresa e responda perguntas, como:

O que fazemos?
Como fazemos?
Para quem fazermos?

Depois, reformule as respostas para:

O que o franqueador fará?
Como o franqueador fará?
E para quem o franqueador fará?

3. Formatação:

Com toda a parte estrutural pronta, o processo de formatação de franquias consiste em estudar os métodos e processos atuais de tal forma que seja possível ensiná-los e replicá-los por meio de manuais e treinamentos, que também são desenvolvidos nesta fase.

Dessa forma, na formatação é criada a COF (Circular de Oferta de Franquia) e o Contrato de Franquia, que servem como base para garantir os direitos e deveres de ambas as partes.

Outro ponto fundamental é ter um plano de negócio bem estruturado ao seu alcance. Isso ajudará a franquia a ter um caminho a seguir, com objetivos bem definidos junto ao mercado.

Nele, devem estar incluídos pontos necessários para os franqueados, como os custos de instalação, os valores de investimento, em quanto tempo o investidor terá retorno, se serão cobrados royalties sob o uso da marca da franquia, entre outros aspectos.

Por fim, a estratégia de marketing e comunicação é desenhada com base nas personas de clientes finais e de franqueados. Assim, geralmente, a marca cria um plano para cada uma e segue para o próximo passo: a expansão.

Dica: pense exatamente em como é o seu franqueado ideal, não apenas no lado financeiro, mas no tipo de pessoa que você procura para a cultura e missão do seu negócio. Ela deve ter visão empreendedora? Algum tipo de experiência? Habilidade comunicativa é importante para você? Responda com assertividade todas essas perguntas.

4. Expansão:

Na expansão de franquias, as unidades franqueadas começam a ser vendidas aos investidores – os franqueados, por meio de divulgação e prospecção.

Contudo, não adianta sair vendendo para qualquer pessoa interessada só para crescer rápido. Por isso, o ideal é vender apenas para as pessoas que se enquadram no perfil ideal de franqueados (que é definido na formatação).

Caso o franqueado descumpra as regras, você pode aplicar penalizações, como multas acordadas em contrato, por exemplo.

Além disso, outro detalhe super importante que você deve se atentar é a localização do seu negócio. Você sabia que a localização errada pode fazer com que as unidades não decolem como esperado? Portanto, conte com uma boa estratégia de Geomarketing para ajudar seus franqueados a escolherem os melhores pontos comerciais.

5. Monitoramento:

Não pense que acabou! O relacionamento entre o franqueador e os franqueados está apenas começando. Depois de fechar negócio com os franqueados e dar todo o suporte necessário para que eles comecem a operar a unidade, compete ao franqueador acompanhar os resultados, dificuldades e fiscalizar a conduta deles.

Esteja sempre aberto para ouvir feedbacks e ideias dos seus franqueados. Afinal, pode acontecer que eles percebam algo que você ainda não viu, que pode ser melhorado ou alterado de alguma forma. Por isso, lembre-se que vocês atuam em conjunto e que todos podem e devem se comunicar com frequência, para fazer com que o negócio não fique “parado no tempo”. Então, busque evoluir sempre!

Dica Goakira: toda empresa precisa investir em inovação, inclusive as franquias. Infelizmente, todos nós já vimos negócios muito bons, que tem um “boom” de vendas e, depois, caem no esquecimento. Isso não acontece porque o negócio é ruim, mas sim porque os donos se esqueceram de manter a marca em constante evolução e acabaram se acomodando.

Por isso, esteja sempre de olho nas tendências de mercado, faça benchmarking constantemente e tenha uma cultura empresarial aberta à inovação e criatividade.

Quer saber mais sobre formatação de franquia? Então, ouça nosso Podcast:

Como escolher uma empresa para formatar minha franquia?

Lembra que falamos no começo do passo-a-passo que o primeiro salto para quem quer criar uma rede de franquias é buscar ajuda de uma consultora? Isso é muito importante, porque estamos falando da realização de um sonho e de crescimento empresarial, mas o processo é complexo e qualquer erro pode levar a sérios problemas futuros.

Para escolher a consultoria ideal, busque pela reputação desta empresa no mercado. Aqui vão algumas dicas de como fazer isso:

Veja quais marcas fizeram a formatação e expansão com ela e quais resultados tiveram
Busque por materiais de referência no site (blog e materiais ricos, por exemplo) para ver o quanto esta marca realmente entende sobre o assunto
Pesquise se há processos contra a empresa por falcatruas
Converse com os consultores e observe quais te passa mais credibilidade e confiança
Verifique quanto tempo de experiência a empresa tem no mesmo segmento
Procure por selos, certificações e outras referências positivas
Indispensável: uma boa olhada no Reclame Aqui – fique de olho na quantidade de reclamações (são muitas?); na frequência (existe um mesmo problema recorrente?); nas respostas e soluções delas (a empresa consegue resolver os problemas?)

Nós, da Goakira, temos orgulho de ser a única consultoria empresarial do Brasil com selo ISO 9001 de qualidade e uma das únicas que conquistou o certificado Great Place to Work.

Ao longo de mais de 10 anos de experiência no segmento de franquias, atendemos mais de 600 clientes e mais 750 projetos de franquias.

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Se pergunta sobre como franquear minha empresa? Converse com um especialista e tire todas as suas dúvidas.

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Conclusão

Vamos recapitular tudo rapidamente! Então, como franquear minha empresa? Para você fazer o seu negócio se tornar uma franquia é necessário:

Viabilidade: comece analisando as condições atuais da sua empresa. Esse diagnóstico deve conter respostas detalhadas para os questionamentos sobre se é possível virar franquia;
Pré-formatação: é hora de começar a planejar o modelo de franquia a partir da loja matriz;
Formatação: com o projeto de franquia com os métodos já estruturados, inicia-se os documentos legais com os direitos e deveres de ambas as partes, além das políticas de conduta impostas pela marca;
Expansão: tempo de ver pessoas se aproximarem interessadas pela a sua marca! Hora de avaliar o perfil dos franqueados e das regiões de expansão;
Monitoramento: agora apenas sombra e água fresca? Nada disso! É hora de continuar arregaçando as mangas e monitorar ativamente as franquias. Além disso, é importante ficar atento às mudanças de mercado e aos feedbacks dos franqueados.

A jornada envolvendo a criação de franquias é muito empolgante, porque traz muita satisfação pessoal e financeira ao empreendedor.

Contudo, conforme explicamos no início deste post, existem algumas etapas a serem seguidas, para que você evite possíveis problemas no futuro e tenha maior garantia de sucesso. Apesar de parecer simples, este processo é complexo e merece toda a sua atenção e dedicação para dar certo.

Para se aprofundar ainda mais no universo de expansão de negócio e franquias, confira nossos e-books:

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Como fazer o meu negócio se tornar uma franquia? Crie uma franquia em 5 passos

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