A arquitetura de interiores é necessária em muitos momentos. Por exemplo, você já se pegou procurando inspirações no Pinterest de como decorar seu ambiente, e torná-lo mais agradável? Se sim, você já deve ter percebido que criar um espaço confortável, acolhedor, funcional e que combine com o seu estilo é muito mais difícil do que parece.
Muitas vezes, ao falar em criação de ambientes, subestimamos a tarefa, e achamos que não precisamos de um profissional da área. Porém, um arquiteto de interiores é uma pessoa formada e capacitada para tornar os resultados os melhores possíveis.
Assim como nos ambientes domésticos, a arquitetura de interiores faz toda a diferença em espaços comerciais. Ir a um local com que você se identifique, se sinta em casa e feliz por estar no ambiente é uma coisa capaz de fidelizar clientes, atrair aqueles que têm a ver com sua persona, e também ajuda a trazer muito mais valor para a marca.
Para a experiência do cliente, também é muito mais fácil se identificar com a empresa, e criar um vínculo afetivo com ela.
Com isso, contratar um serviço de arquitetura de interiores pode ser um grande investimento para sua vida e também para sua empresa ou franquia. Esse é um grande diferencial das empresas e franquias mais rentáveis.
Mas não se confunda: um arquiteto não é o mesmo que um designer de interiores, nem que um decorador.
Entenda as diferenças entre cada uma dessas profissões, as características da arquitetura de interiores, e como ela pode alavancar seu negócio. Além disso, conheça os diferentes estilos de arquitetura de interiores para descobrir qual é o seu.
Arquitetura de interiores: o que é?
A arquitetura de interiores é uma das áreas de Arquitetura, em que o arquiteto pode trabalhar, sendo assim, é uma forma de arte, já que a arquitetura está dentro dessa área. O trabalho de arquitetar o interior de um espaço é muito mais que deixá-lo bonito.
É também pensar na melhor forma, e mais inteligente, de conciliar as necessidades que existem em um espaço. Nisso, combina-se a vontade do cliente, as condições estruturais, as funcionalidades do local, entre outras funções.
A arquitetura de interiores também pode ter um objetivo específico. Por exemplo, se for em um local comercial, pode-se arquitetar um ambiente para que ele favoreça o consumo. Se for em um escritório, para que ele estimule a criatividade ou produtividade. Se for em uma sala de estar de uma família, para que o local seja confortável e acolhedor. Afinal de contas, a arquitetura de interiores tem o poder de influenciar emocionalmente as pessoas.
Diferenças em relação ao design de interiores
Uma dúvida muito frequente quando se fala em arquitetura de interiores é se ela é a mesma coisa que design de interiores. E já de cara saiba que não são. Ambas as profissões trabalham com a construção de ambientes agradáveis e bem utilizados, mas cada uma tem suas especificidades.
Em campos de atuação diferentes, a arquitetura de interiores pertence a uma parte mais ampla, e o design se restringe ao nicho artístico.
O curso de design de interiores pode ser tanto na forma de graduação, com uma média de 4 anos, quanto tecnólogo, com média de 2 anos de duração. Ele se dedica a estudar coisas como a teoria das cores e conceitos artísticos.
O designer de interiores trabalha com o planejamento de bons espaços, e é capaz, por exemplo, de criar peças de decoração para aquele ambiente. Esse profissional visa melhorar a deração e ergonomia dos espaços, por exemplo.
Já a arquitetura de interiores é voltada para toda uma projeção de um ambiente. O profissional deve ser graduado em arquitetura, que demora cerca de 5 anos, e ele tem a liberdade de pensar em cálculos estruturais, construir e derrubar paredes, por exemplo, mudar a posição dos cômodos do imóvel, entre outras coisas.
O arquiteto de interiores, como os demais profissionais da área, deve ser credenciado no CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) e podem, também, fazer cálculos matemáticos para projetar bem o interior de um espaço.
Assim, a arquitetura de interiores é diferente do design de interiores porque oferece um serviço mais completo e integrado, sendo que o arquiteto tem a capacidade de alterar coisas em todo o espaço, inclusive na estrutura dele. Enquanto isso, o designer de interiores deve ser contratado para trabalhos mais voltados para a harmonização de um ambiente e para a criação de decorações.
Arquitetura de interiores X decoração
Decorador é um nome genérico para vários profissionais. Até mesmo a arquitetura de interiores pode ser colocada nesse pacote, apesar de geralmente estar de fora.
Decorador geralmente se dirige a tecnólogos e bacharéis em design de interiores, ou a profissionais autodidatas, que realizam esse serviço sem formação específica.
O decorador, nesse caso, é voltado para pensar nos detalhes de um ambiente. Tecidos de almofadas, material para as molduras da parede, tipo de tapete e de plantas, sempre pensando na harmonia das cores, e na sensação que o espaço irá transmitir. Ele pode assessorar o cliente dando dicas do que fica melhor, ou pode construir um projeto.
Por outro lado, a arquitetura de interiores pensa em qual será o melhor cômodo de uma casa para criar um escritório, por exemplo, cria estratégias para usar o espaço de maneira mais inteligente, e planejar a melhor ventilação e iluminação para o ambiente, incluindo fazer contas e cálculos estruturais.
O arquiteto pode, inclusive, mexer no restante da casa ou local, para garantir o melhor resultado possível.
Vale a pena investir em um projeto de arquitetura de interiores?
A análise sobre algo valer ou não um investimento, sempre passa por uma análise de custo-benefício. E de forma analítica, também deve ser feita essa análise ao se escolher por desenvolver um projeto de arquitetura de interiores ou não. Quais ganhos justificam o investimento?
A observância de resultados de empresas que aplicaram uma arquitetura de interiores ajuda a entender quais são os possíveis ganhos dessa prática. Um bom exemplo são as barbearias, que nos últimos tempos modificaram fortemente suas práticas, mas não falamos aqui da forma como cortam cabelos ou fazem a barba.
Essa prática permanece praticamente imutável por décadas, especialmente do público masculino. No entanto, é fácil hoje encontrar barbearias que criam um ambiente atrativo para o cliente, buscando referências de temas que geralmente causam identificação e interesse no público ao qual se dirigem, como carros, pôsteres de futebol ou outros elementos.
Qual então foi o benefício dessa prática? Algumas são as consequências de criar esse ambiente. Alguns exemplos:
- Desejo causado no cliente por fazer parte daquele grupo ou experiência.
- Maior valor agregado ao produto, possibilitando retornos maiores por venda ou serviço prestado.
- Diferenciação frente aos competidores do mesmo setor, dentre outros.
Portanto, o retorno para um projeto de arquitetura de interiores traz retornos de diferentes tipos, não somente no valor do produto ou número de clientes, mas também na satisfação do cliente, fidelizando-o.
História da Arquitetura de interiores
A Arquitetura de Interiores acompanhou a história da humanidade, assim como todas as demais formas de arte. Ela refletiu e reflete os costumes, a organização social e o tempo em que está inserida. Pode-se perceber, por exemplo, que cada local, na antiguidade, possuía um estilo próprio de arquitetura de interiores.
Vale lembrar que a arquitetura é uma das atividades mais antigas da humanidade. Porém, ela só começou a ser tratada como profissão há cerca de 8 ou 9 mil anos, no Oriente Médio e no Norte da África. No Brasil, a arquitetura passou a ser regulamentada legalmente em 1966, mas é claro que a atividade já existia há muito mais tempo. Acompanhe um pouco da história da arquitetura de interiores:
Antiguidade: onde tudo começou
O modo como as pessoas escolhiam organizar seus ambientes internos é algo que se nota desde muito cedo. Porém, a preocupação com a arquitetura de interiores pode começar a ser notada no Egito Antigo, cerca de 4,8 mil anos atrás. É possível saber disso atualmente por meio dos hieróglifos que os egípcios deixaram marcados como herança para os povos futuros.
Os egípcios foram os primeiros a usar móveis em suas casas, e criaram o conceito de cama, mesa e banco. Além disso, as pessoas da nobreza tinham mobiliários detalhadamente decorados e desenhados. No Egito, também se utilizava tapetes e tecidos com cores fortes, para mostrar poder e ostentação. Um dos principais locais em que eles empregavam a arquitetura de interiores era dentro das tumbas e túmulos.
Na Grécia Antiga, usava-se poucos móveis, e dentro dos ambientes era comum empregar os conceitos de simetria e proporção. Uma peça importante da arquitetura de interiores grega era uma cadeira com estofado no assento e as pernas curvadas para fora. Já na Roma Antiga houve, pela primeira vez, a tentativa de conciliar o conforto e a beleza. Lá, também houve o primeiro ancestral do sofá, que era uma esteira quase completamente horizontal, que os nobres usavam para comer em banquetes.Na Idade Média, pouco tempo depois, se consolidou o estilo de conforto para os nobres, e o uso de cadeiras confortáveis.
Idade Média e Renascença: o estilo gótico e barroco
Até hoje as catedrais e igrejas construídas durante o fim da Idade Média e Renascença são visitadas no mundo todo. Com vitrais, afrescos e decorações imortais, elas representam o tipo de arquitetura de interiores que foi criado nessa época. De maneira geral, a sociedade, nesse tempo, estava dominada pela vida na igreja, e precisava seguir seu estilo de vida e de arte. Assim, a arquitetura também segue o mesmo fluxo.
Na Idade Média, houve a preponderância do estilo gótico na arquitetura de interiores, que tinha construções parecidas com castelos, mas sem muita luz e valorizando aquilo que era sombrio. Simbolicamente, esse período representava a vitória da igreja sobre os mitos pagãos, e buscava lugares com o interior voltado para a pureza de pensamentos. As construções eram verticalizadas, com a presença de abóbadas e vitrais.
Com a Renascença, a Idade Média ficou para trás, e também o estilo gótico. Assim, ascendeu o barroco, que foi marcado pela constante mentalidade dual, que mostrava uma santidade e um paganismo ao mesmo tempo. As obras barrocas eram grandiosas, com cores luminosas, ouro e imponência. Espirais, grandes naves e construções eram características desse período. Alguns exemplos de arquitetura de interiores no barroco são a Basílica de São Pedro, o Palácio do Louvre e o Palácio de Versailles.
Modernidade: a revolução industrial na arquitetura de interiores
Com a Revolução Industrial, começaram a surgir novos materiais que seriam usados na arquitetura de interiores, por exemplo, o ferro e vidro. Nessa época, a Art Nouveau inovou os campos artísticos, inclusive a arquitetura, trazendo conceitos modernos e compactos para a vida das pessoas. É nesse momento que a arquitetura de interiores e os móveis se tornam mais populares e acessíveis à população geral.
Porém, como essa época, entre os séculos XVII e XVIII, ainda era marcada pela monarquia em muitos países, ascendeu, por exemplo, o estilo vitoriano na arquitetura de interiores. Esse é o modelo clássico de bibliotecas e palácios que vive no imaginário social, marcado por mobiliários em madeira, cores escuras e móveis luxuosos.
Seguindo o caminho da revolução industrial, os séculos seguintes trouxeram cada vez mais construções em concreto armado, e móveis e produtos cada vez mais padronizados. Assim, as pessoas não se preocupavam tanto em decorar seus ambientes, mais em ter os produtos vendidos pela era capitalista. Além disso, os traços eram marcados por minimalismo, linhas retas e cores cinzas.
Arquitetura de Interiores contemporânea: o que tem sido feito
Com o advento da contemporaneidade, uma preocupação com o individual voltou a ser percebida, e as pessoas também resgataram suas raízes ancestrais e inspirações nos tempos anteriores para criar uma arquitetura de interiores adequada a si. O que mais importa, hoje em dia, é o indivíduo, que busca construir um espaço com a sua cara e a sua essência.
Porém, com a globalização, os produtos, decorações e móveis que existem tornam tudo cada vez mais pasteurizado e a arquitetura de interiores acaba se tornando mais parecida em todos os locais. É possível, por exemplo, que você esteja sentado em uma cadeira do mesmo modelo que um americano ou japonês também esteja, cada um em seu país. Além disso, antes cada local tinha uma cultura própria de arquitetura de interiores, o que hoje não se vê mais tão presente, com um conceito universal do que é belo, ou não.
Atualmente, diversos estilos são usados e valorizados, cada um por um grupo diferente de pessoas. Geralmente, isso não é aleatório. As propagandas e incentivos à compra de produtos pode, inclusive, fazer com que você sinta a necessidade de decorar algo que você já acha que está legal, ou de algum jeito específico que você nunca iria imaginar sozinho. Porém, uma coisa que pode ajudar você a se conhecer melhor é acompanhar, abaixo, os principais estilos de arquitetura de interiores que estão na moda para você usar.
Elementos da Arquitetura de Interiores
A arquitetura de interiores é uma forma de linguagem, assim como as demais formas de arte. Ela é formada, então, por elementos que constroem um cenário e uma narrativa.
Os materiais usados na construção do ambiente, cores, móveis e decorações são os responsáveis por criar estilos e por definir uma arquitetura para aquele local. Assim, esmiuçando em detalhes, a arquitetura de interiores é formada por elementos menores, cada um com sua importância para o todo.
Móveis
Os móveis são talvez uma das chaves da arquitetura de interiores, são capazes de dar vida aos ambientes, mudar a sensação que se sente ao habitar aquele local, oferecer soluções para as necessidades dos usuários. Sua escolha então deve ser pensada para atender essas expectativas, bem como as possibilidades financeiras do cliente.
Ao escolher um mobiliário para um ambiente, alguns aspectos que devem ser pensados são ergonomia no espaço disponível, nível de satisfação do usuário com a solução oferecida por ele e, um item de grande importância para a harmonização dos ambientes, a aparência e estilo do móvel. Alguns estilos possíveis serão mostrados à frente.
Para pensarmos em um caso prático, imagine que o móvel a ser escolhido é um sofá. O espaço no qual ele será colocado é uma sala de televisão que fica em um espaço que liga cozinha, quartos e hall de entrada. Há, portanto, abertura para diferentes áreas, o que implica em grandes vãos ou portas, em que a circulação não pode ser prejudicada, mas ao mesmo tempo o cliente deseja um sofá que ofereça conforto para uma tarde agradável assistindo a um filme.
Entendemos que há necessidades no projeto que causam limitações umas às outras. Nesse caso é necessário buscar possibilidades capazes de suprir todos os requisitos ou a maior parte deles, com ajustes. Um grande sofá com chaise (espaço que permite estender as pernas) atenderia à condição de conforto, mas talvez impeça a passagem para algumas das áreas da casa. Uma solução possível pode mesclar o conforto de um chase com o espaço menor de um sofá convencional. Seria esse um sofá retrátil, em toda sua extensão, ou com chaise retrátil.
O exemplo apresentado mostra uma tendência atual do mercado, que são móveis mutáveis. Fugindo das peças tradicionais, como sofá retrátil, há hoje diversas possibilidades, como mesas que se transformam em estantes e escrivaninhas que se transformam em pequenos armários. Essa forma de fabricar busca suprir a demanda gerada por imóveis cada vez menores, principalmente em grandes cidades.
O importante a lembrar ao escolher móveis é que eles devem cumprir seu objetivo da melhor forma possível, associando a isso o estilo que se deseja aplicar. Se forem pensados de forma associada, certamente alcançarão os objetivos.
Materiais
A escolha dos materiais não difere muito da escolha dos móveis, estando inclusive conectados em certa parte. Mas os objetivos a serem alcançados podem diferenciar-se. Então, o que se deve pensar ao escolher um material para ser usado em seu projeto de arquitetura de interiores? Somente o preço deve ser considerado?
A indústria da construção civil não para de encontrar novas soluções, nas mais diversas áreas, e uma das principais são os materiais, especialmente para acabamentos e decoração. Alguns itens que hoje são largamente usados, em anos anteriores sequer existiam ou não eram usados da mesma forma. Alguns exemplos disso são madeira do tipo MDF para fabricação de móveis planejados ou piso laminado. Foram soluções encontradas que agradaram o mercado e hoje são largamente aplicadas.
São diversas as características de um material que pode ser escolhido para um projeto de arquitetura de interiores. Dentre elas pode-se contar cor, textura, aparência, resistência e, não menos importante, valor.
Acabamentos
Os acabamentos podem parecer uma parte superficial e não tão importante de uma obra, mas se engana quem pensa isso. Pelo contrário, são os acabamentos que geralmente conferem ao ambiente uma sensação específica e uma identificação com o cenário. Usando os acabamentos certos, você pode criar uma sensação de acolhimento, de luxo, ou de rusticidade. O que importa é qual estilo você quer criar.
Mas afinal de contas, o que são acabamentos? Eles são tudo o que faz uma obra ter cara de casa, e não de uma construção. Pintura, rejuntes, piso, revestimentos e texturas são parte do acabamento. Basicamente, tudo o que já está pronto, mas ainda não está apresentável, precisa de um acabamento. Por exemplo, uma pia que está instalada, mas que em volta só tem cimento, precisa ser acabada.
Na arquitetura de interiores, o acabamento aparece de forma muito mais preponderante que nas construções externas. Como falado, a tintura é uma forma de fazer o acabamento de paredes. Porém, na parte de fora de uma casa não será usado nada além da tinta, geralmente. Nas paredes internas, por outro lado, é possível aplicar texturas, gesso, papeis de parede, e até alguns tipos de piso, como azulejos e porcelanatos.
Em bancadas pode-se usar, por exemplo, o granito, o mármore, o quartzo e o próprio porcelanato. Cada um passa uma sensação diferente, e cria um tipo de linguagem. Além disso, cada um tem um custo benefício diferente, por exemplo, o quartzo tem uma cor branca natural que é muito desejada, mas um custo alto. É preciso sempre conciliar as melhores opções para o objetivo da obra com o orçamento do cliente, é claro. Assim, cabe à arquitetura de interiores também pensar nas melhores possibilidades.
Decorações
Como já falamos, arquitetura de interiores não é o mesmo que decoração, pois ela vai muito além disso. Porém, um projeto arquitetônico também deve considerar, necessariamente, a decoração do local. Afinal de contas, um espaço bem decorado faz toda a diferença para que ele seja aconchegante e tenha um conceito bem definido. Assim, peças de decoração são elementos fundamentais na arquitetura de interiores.
A decoração, na verdade, pode ser feita de diversas formas, e você não necessariamente precisa gastar muito dinheiro comprando enfeites caros para seu espaço. A primeira coisa que você deve fazer para escolher seus elementos de decoração é entender seu estilo. Cada um tem um conjunto de decorações que podem ser usados.
Por exemplo, no estilo boho ou hippie, você perceberá muito a presença de artesanatos, macramê etc. Já no estilo minimalista, apenas objetos pontuais serão usados na decoração, sem comprar nenhum deles, já que a ideia é ser ecológico e econômico. Em um estilo clássico ou romântico, haverá mais presença de tecidos e objetos luxuosos, e num estilo nórdico ou retrô você pode usar quadrinhos e coisas feitas por você mesmo, sem precisar gastar dinheiro com a decoração.
Ergonomia e Conforto
A arquitetura de interiores também é usada para causar sensações e provocar o conforto. Mesmo em lugares pequenos, é possível criar diferentes ambientes, que sejam confortáveis e acolhedores. Para isso, a arquitetura de interiores faz cálculos sobre a entrada de luz natural, sobre a posição das lâmpadas artificiais, sobre a circulação de ar, além de projetar a quantidade de espaço necessária para a realização de cada atividade.
Voltando ao exemplo do sofá, ele é um ótimo exemplo de ergonomia. O arquiteto irá perguntar quais são os hábitos do cliente, e se ele gostar muito de usar o sofá, por exemplo, para passar muito tempo assistindo filmes no fim de semana, esse móvel deverá ser confortável e próprio para permanecer deitado. Porém, para que isso seja possível no espaço adequado, em alguns casos será necessário que o sofá seja reclinável.
Da mesma forma, será pensada a posição estratégica de plantas, para que o ar do ambiente seja o mais puro possível, além de pensar na termicidade do local. Se o projeto for em uma localidade fria, será necessário instalar, por exemplo, aquecedores ou lareiras. Se for em um local quente, talvez seja necessária mais circulação de vento, janelas grandes, uma área externa de lazer, e até sistemas de resfriamento. A acústica também é considerada, em casos especiais de necessidades do cliente.
Além de tudo isso, a ergonomia e o conforto também podem trabalhar com a neuroarquitetura, que é a área responsável por criar estímulos neurais estratégicos para determinadas ocasiões. Por exemplo, no projeto de um escritório, deverá ser criado um ambiente que estimule a produtividade e trabalho. Se o escritório for de um artista, ele pode ter paredes amarelas, que é uma cor que estimula a criatividade. Já em uma sala de estar para a família, aconchego e empatia devem ser provocado, e tudo isso é possível por meio da arquitetura de interiores.
Layout
Dentro da arquitetura de interiores, o layout é a planta de como serão distribuídos os cômodos, móveis ou objetos daquele local. Se trata do arranjo maior, onde se dispõem os outros elementos. Então, por exemplo, se se trata de uma casa, o layout deve especificar a disposição dos cômodos, portas, escadas etc., sem que nada atrapalhe ou seja difícil de acessar. Se se trata de um cômodo, como um escritório ou sala de estar, a ideia é planejar onde fica cada móvel, de maneira que o espaço seja aproveitado da melhor maneira possível.
Assim, o layout é basicamente a primeira coisa que deve ser feita na arquitetura de interiores, e é com ele que todo o resto será desenrolado. O layout define o fluxo de coisas e pessoas naquele espaço, e planeja como tudo será mais bem usado. Ele também dá dimensões mínimas e máximas para os móveis, por exemplo, e dá algumas possibilidades de como o resultado pode ser. Ele também estabelece a hierarquia das coisas, mostrando o que deve ser priorizado.
O projeto de layout guiará todo o andamento da obra, e pode até ser entregue aos engenheiros, se for necessário. Além disso, ele atua na formação de divisórias que muitas vezes os ambientes não têm, como em flats que só possuem um espaço. Assim, as divisórias serão feitas por móveis, bancadas etc. O layout de um projeto de arquitetura de interiores é muito importante em locais inovadores, por exemplo, micro apartamentos que têm sido cada vez mais comum em grandes cidades.
Possibilidades de estilo
A arquitetura de interiores pode variar de acordo com os diferentes estilos, que são indicados pelo cliente. Existem conjuntos de elementos que, juntos, criam um ambiente que remete a um estilo. Esses estilos arquitetônicos são linguagens estéticas, que comunicam algum tipo de mensagem. Porém, vale lembrar que muitas vezes os estilos podem aparecer mesclados na arquitetura de interiores, porque cada cliente é único, e provavelmente terá referências vindas de locais diferentes. Os estilos, porém, servem para guiar e facilitar a compreensão da arquitetura de interiores.
Boho Chic
O estilo de arquitetura de interiores boho chic surgiu no século XVIII, na época da revolução francesa. A palavra boho vem de “bohemian”, porque esse estilo era usado para falar de pessoas muito livres, como intelectuais, artistas, viajantes e pessoas boêmias em geral. O estilo teria surgido no bairro Soho em Londres, que teria contribuído para o nome.
A arquitetura de interiores boho chic, assim como na moda e nas artes em geral, está ligada a uma combinação de estilos, formando uma identidade única, com que o cliente se identifica. Geralmente, ela combina elementos hippies, étnicos, orientais e punk, dentro de um conceito romântico, rústico e vintage.
Há a presença, por exemplo, de madeira, cestos, cisais, tapes de texturas diferentes, tecidos confortáveis, etc. O estilo boho possui uma mistura de cores muito intensas, já o estilo boho chic mistura cores claras e mais neutras, como branco, marrom e bege.
Retrô / Vintage
A arquitetura de interiores vintage faz parte de um estilo que traz a ideia de nostalgia e valorização do antigo. Aqui, itens antigos são utilizados exatamente como eram, só que ressignificados em um ambiente atual. Geralmente esse estilo vem combinado com algum outro, já que apenas alguns elementos são antigos. Esses elementos podem ser móveis ou itens de decoração, encontrados em brechós e antiquários.
Já o estilo retrô tem o mesmo intuito que o estilo vintage, de valorizar o passado, mas ele baseia sua arquitetura de interiores em adaptar o que era antigo. Então, por exemplo, são fabricados novos equipamentos e móveis com design antigo, mas com funcionalidades novas. Assim, as cores fortes aparecem, num estilo que lembra ao Pop Art. Assim como no estilo vintage, o retrô também combina elementos de estilos mais atuais, porque nem todas as peças podem ser antigas.
Minimalista
O estilo de arquitetura de interiores minimalista é baseado na afirmação de que menos é mais. Ele surge como uma resposta aos exageros e excessos da vida moderna, e propõe uma vida com apenas o necessário. Assim, os ambientes são amplos, com poucos mobiliários, somente os fundamentais, bem dispostos no espaço.
O minimalismo tem inspiração no cubismo, e valoriza as formas geométricas. Nesse tipo de arquitetura, é comum ver os materiais originais da construção, como o cimento e ferragens. A simplicidade e a sofisticação são os conceitos mais importantes dentro da arquitetura de interiores minimalista. Além disso, as cores utilizadas nesse estilo são principalmente primárias.
Quanto às características da decoração, geralmente o estilo minimalista conta com muita luz natural, que aparece nos grandes painéis de vidro, comuns nesse tipo de ambiente. Além disso, os móveis são usados no mínimo possível, atendendo somente às funções necessárias. A decoração é muito pontual e rara.
Contemporâneo
O estilo de arquitetura de interiores contemporâneo é uma evolução do minimalismo. Ele surgiu por volta da década de 1980 e prevalece até hoje. Assim como a arte contemporânea, esse estilo aceita inspirações de diversos outros, mas prevalecem os ambientes abertos, espaçosos e arejados, formas geométricas e linhas racionais, além de uma relação com a tecnologia.
O estilo contemporâneo busca uma decoração sofisticada e funcional, que facilite e permita a vida acelerada contemporânea. Ele passa a ideia de dinamicidade, com cores neutras, mas algumas cores vibrantes em alguns pontos estratégicos. Outro ponto importante para o estilo contemporâneo é a sustentabilidade. Com os problemas ambientais atuais, é comum que a arquitetura de interiores também busque ser tão menos danosa ao meio ambiente quanto possível. Por isso, itens reciclados são comuns.
Ainda nesse sentido, o estilo contemporâneo de arquitetura de interiores trabalha com a interação com a natureza. Plantas e locais abertos são muito valorizados. Na decoração, o estilo contemporâneo se aproxima do futurismo, porque busca provocar reflexões, trabalhando conceitos. Assim, nas obras de arquitetura – e de arte – são usadas formas inusitadas e diferentes, que chocam e intrigam.
Nesse tipo de espaço, os elementos da construção também são valorizados, como o concreto sem cobertura e ferragens. Além disso, o clima de sofisticação precisa ser criado por meio de elementos de altíssima qualidade e de primeira geração.
Clássico
O estilo clássico é aquele que existe há muito tempo, mas que ainda é usado hoje em dia. Ele geralmente remete à arquitetura clássica e às moradias da monarquia e classes abastadas da idade média. Porém, esse estilo surgiu na época greco-romana, recebendo novas reformulações durante a idade média, renascença, monarquia e até contemporaneidade.
A arquitetura de interiores no estilo clássico não é muito usada hoje em dia em casas e ambientes privados. Porém, aparece com muita frequência em casamentos, festas de 15 anos e formaturas, por exemplo. Além disso, esse estilo pode aparecer em restaurantes e hotéis de luxo. Ela remete a luxo e requinte, então é muito comumente usada em momentos marcantes e especiais, que fazem os donos do ambiente se sentirem importantes.
Em relação aos elementos da arquitetura de interiores clássica, eles envolvem ambientes glamourosos, cores sóbrias e comumente escuras, além de materiais nobres, como ouro e prata (ou imitações deles). Frequentemente são usados o mármore e a madeira como materiais de construção desses ambientes. Nos móveis, são sempre utilizadas peças de requinte, como assentos de veludo e armações grandes.
Em relação à decoração, o estilo clássico conta com castiçais grandiosos, lustres, flores luxuosas, molduras, cristaleiras, espelhos, pratarias e tapeçarias pesadas. Os arcos da estrutura são grandes e geralmente moldados por cortinas grossas em amarrações armadas. As colunas largas e imponentes também estruturam o espaço, criando uma simetria.
De maneira geral, a arquitetura clássica vai sempre promover uma sensação de luxo e grandiosidade, que é formada por elementos que lembram a realeza e a um tempo antigo.
Romântico
O estilo romântico na arquitetura de interiores também é pouco utilizado hoje em dia de maneira pura, mas pode aparecer combinado com outros estilos, como o boho chic e o nórdico. Em alguns casos de personalização pessoal, é possível encontrar espaços privados com o estilo romântico, contudo.
Esse estilo é bem parecido com o clássico, porém é mais intimista, e busca criar um ambiente de conforto e aconchego. Ele remete muito ao que imaginamos para as princesas e bonecas. Possui elementos como almofadas, poltronas macias, cores pastéis combinados com rosa e estampas de flores.
O estilo romântico é remetente ao estilo gótico, e faz parte do momento artístico do romantismo, que foi um movimento cultural que buscava valorizar sentimentos nobres, pureza e contato com a vulnerabilidade. Ele esteve presente na filosofia, nas artes visuais, na poesia e na literatura. Na arquitetura de interiores, o estilo romântico ainda permanece até os dias de hoje.
Nórdico
A arquitetura de interiores nórdica é uma das mais usadas e comuns hoje em dia. Ela está presente na maioria das casas e locais projetados atualmente, e você já vai entender o porquê. Sabe aquelas cadeiras com pernas palito? Elas são uma inspiração que veio direto da arquitetura nórdica.
Esse estilo de arquitetura de interiores surgiu por volta do século XX, na Escandinávia, ou seja, nos países do extremo norte do continente europeu, entre a Dinamarca, Finlândia, Suécia e Noruega. Lá, por causa do clima super frio, valoriza-se uma arquitetura clean, sem tantos elementos, funcional, mas que também se preocupa com as decorações. Elas são, por exemplo, os pés palito voltados para fora, e tecidos quentes, além do trabalho com a madeira clara, que é o que existe por lá.
Assim, a arquitetura nórdica é tem uma pegada que passa por conceitos clean e minimalista, mas tem suas especificidades. Observa-se uma ausência de cores fortes, e uma predominância das básicas e neutras, inspirada no norte da Europa, onde tem muita neve. Além disso, as formas são simples, buscando sempre atender às necessidades atuais de mobilidade, e de praticidade.
Arquitetura comercial
A Arquitetura comercial é justamente a arquitetura aplicada ao objetivo do mundo dos negócios. Assim, os projetos de arquitetura são feitos para cada vez agradar mais e atingir mais clientes, aumentando as compras, consolidando marcas e fidelizando clientes.
E se você pensa que a arquitetura de interiores é uma frescura, limitada somente ao mundo das pessoas ricas que querem morar em lugares confortáveis, está enganado. O mundo dos negócios também é muito influenciado por essa arte. Afinal, todos gostamos quando vamos em um restaurante e ele está todo decorado de uma forma que nos sentimos bem e nos identificamos. Ou seja, a arquitetura comercial é capaz de melhorar – e muito – basicamente qualquer ambiente, e os resultados dele.
Se a pessoa vai se casar, escolher cada detalhe é muito importante para que ela se sinta bem e especial. Da mesma forma, atender um cliente da maneira mais personalizada possível é sempre um sucesso, como comprova o Starbucks. Se você aplica em uma loja a arquitetura comercial, toda a distribuição de elementos irá favorecer a experiência do cliente, o que pode gerar ótimos resultados.
A arquitetura comercial pode favorecer na formação de uma persona, selecionando os clientes que pertencem àquele estilo. Por exemplo, ao criar um ambiente de rock, cult ou boêmio, os clientes que frequentarão o espaço serão os que se identificam com esses estilos, e que terão mais propensão em consumir. Outro ponto é que a arquitetura comercial pode facilitar a conquista de clientes, e a fidelização deles, porque ela é capaz de fazer as pessoas se sentirem bem em um local. Além disso, esse tipo de trabalho arquitetônico pode mudar completamente a forma como as pessoas veem aquele comércio. Por isso, é muito importante investir em uma boa arquitetura comercial.
Projeto Arquitetônico
O projeto arquitetônico dentro da arquitetura de interiores é o documento em que consta todo o planejamento do que se pretende fazer no ambiente em que ocorrerá o trabalho do arquiteto. Nele, devem estar especificadas todas as variantes de uma obra arquitetônica, desde as mais detalhistas até as mais estruturais, o que difere, por exemplo, de um projeto de decoração ou design de interiores.
Construir um projeto é uma coisa que deve ser feita junto ao cliente, com alinhamento total das necessidades e desejos às possibilidades do local. Para que arquiteto e cliente se alinhem, geralmente acontecem entrevistas, em que são mapeados todos os fatores que serão levados em consideração. Além disso, o projeto precisa estar dentro do orçamento disponibilizado pelo cliente.
Todos os elementos e estilos já mencionados aqui serão levados em consideração pelo arquiteto, quando ele está construindo o projeto que guiará uma obra de arquitetura de interiores, além de muitos outros. Por exemplo, a iluminação, a cobertura, a rede elétrica, os encanamentos, a acústica, e o layout são descritos em um projeto. Caso seja necessário começar uma obra, esse documento será entregue aos engenheiros. Caso não, o próprio arquiteto e sua equipe executam o projeto. Vale lembrar que esse projeto deve sempre ser aprovado pelo cliente previamente. Confira todos os itens que devem constar no projeto de arquitetura de interiores:
Layout
A definição do Layout é uma das primeiras coisas no projeto de um arquiteto de interiores. Sua definição norteia o projeto. Apresenta as necessidades de projeto alinhadas com o proprietário, define tamanhos de espaços e quantidades, além de posicionamentos.
Dentro da definição do layout, uma das primeiras coisas que deve receber atenção é a definição da quantidade de ambientes que será necessária. Em seguida, sua disposição é escolhida, de forma a otimizar espaços e gerar a melhor ergonomia possível.
Definidas as características iniciais do projeto, o profissional irá gerar o programa de necessidades. Este documento contém tudo aquilo que foi acordado entre cliente e arquiteto. Seu objetivo é trazer as necessidades específicas do projeto.
Projeto Luminotécnico
O projeto luminotécnico trata das instalações de iluminação desse ambiente, sendo elas de importância crucial para o projeto. São capazes de mudar completamente a ambientação causada. Portanto deve receber uma atenção especial.
O projeto trata de todos os detalhes práticos para instalação de luminárias, como posições, tipos e alturas, inclusive para evitar erros de instalação.
Projeto elétrico
O projeto elétrico, por sua vez, é mais amplo. E demonstra posicionamentos de tomadas, apagadores, posições por onde passam cablagens elétricas. O projeto elétrico deve ser pensado levando em consideração as necessidades do projeto, como equipamentos que irão demandar pontos de energia, a tensão e corrente que devem estar disponíveis.
Projeto mobiliário
Esse talvez seja um dos projetos que mais chamam atenção na arquitetura de interiores. Os móveis tem boa parte da responsabilidade de dar vida ao espaço, além de comunicar aquilo que é desejado pelo arquiteto.
Se possuem tamanha responsabilidade em definir o espaço, certamente não podem ser feitos sem uma análise ponderada de posições, estilos e também funcionalidades, conforme já foi comentado em tópicos anteriores.
Projeto de revestimentos
Os revestimentos são o segundo assunto mais pensado na decoração de um espaço. Eles definem o espaço físico com as características desejadas pelo cliente, passam sensações e dão bem estar a quem habita aquele espaço.
Revestimentos podem ser de chão, mais comumente lembrados, ou de paredes. Possuem ampla faixa de valores disponíveis e incontáveis modelos. Sua escolha deve levar em conta além da aparência momentânea, a disponibilidade de limpeza pelos responsáveis, o tipo de pessoas que irá frequentar o espaço e qual seria o desejo primário destas pessoas em algo que lhes cause bem estar.
Projeto de paisagismo
Embora não seja algo obrigatório ou indispensável, o projeto paisagístico pode ser significativo para a satisfação das pessoas em um espaço. O frescor de plantas com uma disposição pensada estrategicamente, pode causar sensação de bem-estar, assim como aliviar tensões de espaços pouco iluminados, por exemplo.
Projeto de decoração
A decoração, por sua vez, carrega características mais leves e menos rigorosas do projeto. É como a cereja do bolo, cria uma parte importante do todo, embora sua utilidade seja menos prática e, como seu nome diz, mais decorativa. A decoração pode ser a peça chave para criar a essência de um comércio.
Visual Merchandising
Você sabe o que é visual merchandising e o isso tem a ver com arquitetura de interiores? O visual merchandising é uma técnica de marketing que investe na experiência sensorial dos clientes para incentivar as compras. É uma forma de valorizar o que a loja tem de melhor e fazer com que o cliente fique o máximo de tempo possível e se sinta cada vez melhor dentro do seu ambiente comercial. O visual merchandising se relaciona com a arquitetura de interiores à medida em que um bom projeto arquitetônico é premissa básica para um visual merchandising eficaz.
Utilizar as estratégias sensoriais, e principalmente visuais, para aumentar suas chances de venda é uma tática muito efetiva no mundo dos negócios. Isso porque 65% da informação é retida quando acontece um estímulo visual, o que não é tão expressivo com outras formas de comunicação. Assim, causar uma boa impressão visual no seu cliente é fundamental para consolidação da marca, reconhecimento da empresa, aumento de vendas e fidelização de clientes.
Um bom visual merchandising trabalha na disposição dos elementos dentro da loja, fazendo com que todos os produtos sejam facilmente encontrados. É preciso, por exemplo, deixar alguns locais “em branco”, para que não haja acúmulo de informações. A iluminação também é muito importante no visual merchandising, porque ela pode hierarquizar a importância de alguns elementos, em detrimento de outros, e pode criar uma sensação de espaço maior. É importante também deixar o ambiente bem confortável, para que os clientes se sintam em casa. Então, invista em assentos aconchegantes e macios, em mimos e recursos que promovam a sensação de bem-estar, como lanchinhos e brindes.
Trabalhar também com outros sentidos, além do visual, é muito importante para o visual merchandising. Você deve estimular todos os sentidos do seu cliente para que ele se sinta bem. Já parou para reparar que, nos shoppings, está sempre tocando uma musiquinha calma em forma de looping? Ela te incentiva a ficar lá pelo máximo de tempo possível. E os cheiros que emanam nesses locais e que te dão sempre a vontade de experimentar uma coisa nova? Nada disso é aleatório, e se você está comprando, está funcionando muito bem.
De maneira geral, o visual merchandising combina fatores arquitetônicos, decorativos e sensoriais para criar uma sensação prazerosa no cliente enquanto ele está dentro do local de consumo. Assim, ele se sente bem e confortável para fazer suas compras, e também cria um vínculo afetivo com a marca. Ou seja, tudo está focado na experiência do cliente.
Loja conceito
Uma das tendências do varejo atualmente é investir em lojas conceito, ou flagship stores. Com o objetivo de se destacar das demais, as marcas hoje em dia querem ter seus nomes vinculados a um conceito, surgindo, então, as flagship stores. Elas são, exatamente, aquelas que aplicam a arquitetura comercial e o visual merchandising em seus espaços. Mas, além disso, a maneira como os clientes são atendidos, os sabores, cheiros e a experiência como um todo são trabalhados nesse tipo de estabelecimento.
Já percebeu como o Outback tem um estilo rústico, um ótimo atendimento, receitas exclusivas e um conceito escuro? É assim que a marca tem acumulado milhões de clientes ao redor do mundo, que acumulam filas de espera para entrar no restaurante.
E você já conheceu a nova unidade do Burger King com temática do Bob Esponja na Avenida Paulista? Até a maionese cor de rosa do desenho animado foi incorporada, lotando a inauguração de clientes do Brasil inteiro.
Outros exemplos de loja conceito são as marcas que criam ambientes temáticos, como bares de rock, hamburguerias alternativas, barbeiros com estilo rústico e masculino. Tudo isso trabalha a experiência do cliente, e faz com que emoções e sensações sejam causadas, o que gera bons resultados.
Assim, a arquitetura comercial e as estratégias de visual merchandising são incorporadas a uma marca, transformando a identidade da empresa em um conceito muito maior.
Conclusão
A arquitetura de interiores é uma parte da arte que está presente no mundo há séculos. Ela faz parte dos hábitos da humanidade para criar ambientes com que as pessoas se identifiquem e em que se sintam bem e representadas. Assim, existem diversos estilos e elementos que foram sendo criados e adaptados ao longo da história.
A arquitetura de interiores também pode ser aplicada ao mundo dos negócios e do varejo, criando a arquitetura comercial. Com ela, marcas adaptam seus ambientes presenciais, para que a experiência do cliente seja sempre a melhor possível. O visual merchandising se encarrega de tornar tudo agradável, bem-disposto visualmente, e de trabalhar os sentidos do cliente. Assim, surgem as lojas conceito, em que marcas se unem a estilos bem definidos.
Se você quer alavancar sua empresa ou franquia com a arquitetura de interiores, invista em especialistas que entendam do assunto. O Grupo Goakira possui uma equipe especializada e capacitada para melhorar seus resultados comerciais, e para transformar seu ambiente em um local convidativo, atrativo e acolhedor. Entre em contato.
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